segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Tropas lusas não deverão ser necessárias na Guiné-Bissau

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Gomes Cravinho, disse hoje à Lusa que não deverão ser necessárias tropas portuguesas na Guiné-Bissau, apesar da decisão guineense de aceitar uma força de estabilização internacional.

Em declarações à Lusa em Díli, Gomes Cravinho disse que a decisão guineense de aceitar uma força de estabilização internacional «é um passo muito importante» e corresponde a «uma evolução natural e necessária».

«Todos vemos na Guiné-Bissau uma enorme dificuldade em encontrar caminhos sem recurso a apoios internacionais. O princípio está adquirido e isso é muito importante», disse, acrescentando que «é fundamental que dentro da Guiné-Bissau haja capacidade de combater o narcotráfico, que é uma das fontes dos problemas do país».

Segundo Gomes Cravinho, é «para isso preciso o apoio internacional», sendo que o secretário de Estado acredita «que as várias instâncias internacionais - Nações Unidas, União Africana, CEDEAO e CPLP - têm uma visão perfeitamente convergente» sobre a Guiné-Bissau.

«Facilmente encontrarão um mandato comum ou mandatarão uma dessas instituições para assumir a responsabilidade operacional», disse.

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