Bissau - O Partido da Renovação Social (PRS), líder da oposição na Guiné-Bissau, rejeita a possibilidade de uma força de estabilização no país, disse hoje (terça-feira) à Lusa, o presidente interino desta formação política fundada pelo ex-presidente guineense, Kumba Ialá.
Segundo Ibraima Sory Djalo, o Partido da Renovação Social entende que a vinda de "militares estrangeiros, ao invés de ajudar, vai trazer mais problemas" para a Guiné-Bissau.
"Não estamos de acordo pela simples razão de que a informação que ouvimos pela rádio criou um certo pânico a população da Guiné-Bissau. E não podemos estar de acordo, porque não queremos mais problemas neste país. A presença de militares estrangeiros aqui, vai nos criar mais problemas", disse o presidente interino do PRS.
No passado domingo, as autoridades civis e militares, concordaram, numa reunião do Conselho de Defesa Nacional, presidida pelo Presidente, Malam Bacai Sanhá, com a vinda de uma força de estabilização para o país. A composição, o formato e o mandato dessa força ainda não estão definidas.
"Reunimos a nossa direcção e analisamos a ideia, que ouvimos pela rádio. Ouvimos que eles (autoridades civis e militares) concordaram com a vinda de militares para a estabilização do país. Nós não entendemos os motivos disso", declarou Sory Djaló.
De acordo com Ibraima Sory Djaló, o PRS até pode vir a mudar de ideia, mas terá de prestar toda a informação sobre os motivos da vinda dessa força. A posição oficial do partido de Kumba Ialá será conhecida no momento da apreciação da ideia no Parlamento.
"Se o documento for levado ao Parlamento, vamos analisar e tomar a posição oficial do partido, mas tal como a ouvimos estamos contra a ideia", afirmou Sory Djaló.
O líder do Movimento Democrático Guineense (MDG, oposição extra parlamentar), Silvestre Alves, tem a mesma opinião do PRS.
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