quinta-feira, 4 de julho de 2013

Emissora católica guineense encerrada pela Autoridade Reguladora Nacional – por falta de meios técnicos

Bissau - A Rádio «Sol Mansi», uma estação da igreja católica na Guiné-Bissau, encerrou as emissões esta quarta-feira, 3 de Julho, dois dias depois de ter sido notificada pela Autoridade Reguladora Nacional (ARN), entidade responsável pelo sector técnico de radiodifusão no país, que ordenou o encerramento voluntário no espaço de 48 horas.

A ARN acusou a rádio «Sol Mansi» de transgredir as normas técnicas de emissão radiofónica em FM, ao emitir sinais nas frequências aeronáuticas, situadas entre a 108 e a 117, o que representa um perigo para a navegação aérea. A banda reservada às rádios FM situam-se entre a estação 87.5 e a 108.


A violação deste padrão, segundo responsáveis da ARN na Guiné-Bissau, foi detectada aquando da recente visita de uma equipa de vistoria às instalações da emissora católica guineense.


Contudo, o director do organismo, o Padre Davide Sciocco, afirmou que a rádio dispõe dos equipamentos técnicos exigidos pela ARN, nomeadamente os filtros harmónicos, que delimitam os sinais de frequências modeladas, negando qualquer interferência nas faixas aeronáuticas.


Devido à crise, muitas rádios estão sujeitas a medidas idênticas por parte da ARN, caso se leve em conta que a maioria das estações emissoras do pais – rádios privadas e comunitárias – não reúnem as condições técnicas impostas pelo regulador.


A «Sol Mansi», inspirada numa rádio de paz e que importa conteúdos menos controversos, foi criada em 2001 e conta com duas antenas de retransmissão, situadas em Gabú, leste do país, e em Canchungo, no norte, bem como três estúdios de emissão, nomeadamente em Bissau, Mansoa (a base central), e Bafatá.

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