sábado, 20 de julho de 2013

Cabo Verde e Guiné-Bissau assumem pastas na Comissão da CEDEAO

Cidade da Praia - Cabo Verde vai liderar a pasta das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e a Guiné-Bissau tutelará a Gestão dos Recursos Humanos na futura Comissão da CEDEAO, refere o comunicado final da cimeira da organização sub-regional. 

A decisão está contida numa resolução aprovada na 43ª Reunião Ordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que terminou quinta-feira em Abuja (Nigéria), na sequência de uma proposta cabo-verdiana para o alargamento de sete para 15 comissários no executivo da organização sub-regional.  

O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, citado hoje (sexta-feira) pela edição "online" do jornal A Semana, salientou o "grande ganho" para Cabo Verde, mas não adiantou qual o nome que irá liderar a pasta na Comissão da CEDEAO e apelou ao envolvimento do sector privado.  

"Queremos que as empresas privadas cabo-verdianas possam ter acesso a outras acções e projectos no quadro da CEDEAO. Há muito interesse de vários países, como a Côte d’Ivoire, o Burkina Faso e a Guiné-Conakry. Também já estamos a trabalhar com a Guiné-Bissau", disse.  

Segundo o jornal, que não explica se a pasta em causa foi primeira escolha, trata-se, porém, de um aspecto primordial em toda a estratégia de transformação das ilhas levada a cabo pelo Executivo de José Maria Neves e que poderá funcionar como uma alavanca impulsionadora da efectivação do "Cluster TIC" - um aglomerado de empresas de tecnologias da informação e comunicação - em Cabo Verde.  

Novas portas poderão abrir-se, refere-se no jornal, não só para a expansão do Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação (NOSI), mas sobretudo para as empresas cabo-verdianas procederem à internacionalização, penetrando no enorme mercado da CEDEAO, que tem quase 500 milhões de habitantes. 

Nos índices internacionais ligados às novas tecnologias, Cabo Verde é tido como um dos líderes a nível do continente africano, sobretudo pelo desenvolvimento de soluções ligadas à governação electrónica.   

O próprio NOSI tem vindo a dar passos na sua internacionalização, com parcerias com Angola, Guiné-Bissau, Côte d’Ivoire e outras nações da sub-região e do continente africano.  

A Comissão da CEDEAO passará, em breve, a contar com 15 comissários, incluindo os cargos de presidente (atribuído ao Burkina Faso) e vice-presidente (Libéria).

A Serra Leoa ficará com a pasta das Finanças, o Mali com a da Política Macroeconómica e Investigação, o Níger com a do Comércio, Alfândegas e Livre Circulação, o Togo com a da Agricultura, Ambiente e Recursos Hídricos, a Gâmbia com a das Infra-estruturas e a Nigéria com a dos Assuntos Políticos, Paz e Segurança.  

O Senegal terá a dos Assuntos Sociais e Género, o Ghana a da Administração Geral e Conferências, a Guiné-Conakry a da Energia e Minas, o Benim a da Educação, Ciência e Cultura e a Côte d’Ivoire a da Indústria e Promoção do Sector Privado

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