Bissau - O porta-voz do Estado-maior general das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Daba Na Walna, admitiu que há uma proliferação pelo país de armas de fogo militares e roupas com tecidos usados nas fardas.
O brigadeiro-general, citado pela agência Lusa, comentava às críticas feitas pela associação de mauritanos, segundo as quais os seus estabelecimentos estariam a ser atacados por homens com armas militares.
“Não podemos negar que haja uma proliferação de armas militares em mãos alheias, mas isso é decorrente da forma como foram distribuídas" durante a guerra civil de 1998 a 1999, referiu.
Para o porta-voz do Estado-maior das Forças Armadas guineenses, a solução para o controlo de armas de fogo passa pela recolha das mesmas, a troco de utensílios agrícolas.
"Já pedimos às Nações Unidas que façam a mesma coisa que fizeram em Moçambique, onde as armas são recolhidas a troco de alfaias agrícolas, mas ainda não obtivemos nenhuma resposta sobre este pedido", disse Na Walna.
O brigadeiro-general admitiu ainda que desconhecidos usam roupa com o mesmo tecido que devia ser de uso exclusivo dos militares, com a qual cometem crimes que depois são imputados aos elementos do exército.
O líder militar deu o exemplo da sua própria farda: "comprei o tecido no Bandim", principal mercado da cidade, "fui ao alfaiate e pedi que a fizesse".
"Muita gente compra este tecido no mercado", assinalou Daba Na Walna.
O porta-voz militar lembrou ainda que não compete aos militares tratar das questões de segurança das pessoas e bens, tarefa que é da responsabilidade de outras forças de segurança.
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