O Governo de Cabo Verde saudou hoje a celebração dos 40 anos da declaração unilateral de independência da Guiné-Bissau, proclamada a 24 de setembro de 1973, e manifestou disponibilidade para apoiar o país.
Num comunicado destinado a assinalar o "aniversário da independência da Guiné-Bissau" e sem se referir explicitamente às autoridades guineenses, o Governo cabo-verdiano, através do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), saúda o "povo irmão", augurando os maiores sucessos nas iniciativas em curso para estabilizar o país.
"O Governo de Cabo Verde, atento aos laços privilegiados e inquebrantáveis que unem os cabo-verdianos ao povo irmão guineense, aproveita a oportunidade da comemoração para, em nome do Povo de Cabo Verde, felicitar calorosa e fraternalmente o povo da Guiné-Bissau", lê-se no documento, que deseja "os maiores sucessos nas iniciativas em curso, em concertação com a comunidade internacional, tendo em vista a criação das condições susceptíveis de assegurar o desenvolvimento económico e social perene do país em bases sólidas".
No comunicado, o executivo de José Maria Neves reafirma a "vontade firme" em "não poupar esforços" para o estreitamento das relações bilaterais e na diversificação da cooperação.
Saudando também a diáspora guineense residente em Cabo Verde, o executivo da Cidade da Praia garantiu que irá continuar a apoiar os esforços de todos os que escolheram o país para a concretização "de uma vida melhor e digna".
A 24 de setembro de 1973, nas colinas de Madina do Boé (leste), foi proclamada unilateralmente a independência da Guiné-Bissau, decisão que Portugal só viria a ratificar quase um ano mais tarde, a 10 de setembro de 1974.
A luta de libertação conjunta das duas então províncias portuguesas foi levada a cabo pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), "fruto da gesta heroica" iniciada em 1956 pelo "clarividente e saudoso Amílcar Cabral", tal como se refere na nota.
O Governo de Cabo Verde não reconhece as atuais autoridades guineenses, saídas do golpe de Estado de 12 de abril de 2012 e tem defendido a realização de eleições gerais e o retorno à normalidade institucional.
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