A sessão de trabalho com os deputados começa às 09:30 e faz parte de um conjunto de acções e contactos que a federação está a desenvolver desde Julho com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
"O objectivo é que se faça uma estratégia nacional com leis" que acautelem as situações de exceção dos cidadãos deficientes, refere Gorka Gamarra, encarregado do projecto de Direitos Humanos do PNUD na Guiné-Bissau.
O PNUD dá apoio técnico à federação e está disponível para depois trabalhar com o Governo na preparação do quadro legislativo.
A Federação de Pessoas Portadoras de Deficiência da Guiné-Bissau recebeu um financiamento do PNUD no valor de 3,4 milhões de francos CFA (cerca de 5.200 euros) para as acções em curso desde 08 de Julho e até ao final deste mês.
De acordo com Fransual Dias, presidente da federação, dados do último recenseamento geral da população de 2009 indicam que existem pelo menos 13 mil pessoas portadoras de deficiência na Guiné-Bissau.
Aquele responsável entende que serão mais, há muitos deficientes que "nem conseguem sair às ruas".
"Não há estratégia nacional, não há uma política de inclusão. São pessoas entregues à sua sorte. Muitos deficientes nem podem sair às ruas porque estão completamente esburacadas", acrescentou.
O responsável quer mudar essa realidade, pegando na recente decisão do parlamento nacional que aprovou a convenção internacional de defesa de pessoas portadoras de deficiência.
"A convenção pode ajudar a federação a colocar na agenda a questão dos Deficientes e pedir apoios internacionais. Mas antes é preciso que o país encare a situação de deficiência como sendo uma condição normal de um ser humano", notou Fransual Dias, que quer ver criado um comité nacional para se ocupar da elaboração de uma estratégia nacional.
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