Um grupo de trabalhadores fechou a cadeado a sede dos Correios da Guiné-Bissau e reclama do Estado o pagamento de 52 meses de salários intercalados, desde 2007, explicou à Lusa um dos organizadores do protesto.
A principal estação de correios do país, em Bissau, está fechada "por tempo indeterminado", disse à Lusa o presidente da comissão de trabalhadores, Bernardino Mango, à porta da sede dos correios que os funcionários decidiram fechar no sábado.
Hoje não há serviços, amanhã celebra-se o feriado do Dia da Independência da Guiné-Bissau e na quarta-feira o protesto poderá continuar, referiu.
Para além de ninguém poder enviar ou receber correio, estão também afetados os serviços da Guiné Telecom e Guinetel (operadora móvel nacional), que funcionam no mesmo edifício.
"Cada governo chega e paga uma parte dos salários em dívida, mas deixa outra parte por pagar", referiu Bernardino Mango, para explicar como se chegou a um total de 52 meses intercalados em dívida desde 2007, afetando mais de 100 funcionários.
Para reabrirem as portas dos correios e voltarem a laborar, os trabalhadores exigem que o governo de transição que atualmente gere o país, pague pelo menos a parte da dívida que lhe diz respeito.
A comissão pede ainda a resolução de problemas relacionados com as promoções, a melhoria de condições de trabalho e a regularização da colaboração de operadores informais, "que operam por aí, sem sabermos como", sublinhou Bernardino Mango.
A Lusa tentou obter esclarecimentos por parte do governo de transição que remeteu explicações para mais tarde.
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