O ministro do Interior do Governo de transição da Guiné-Bissau, António Suca N'Tchamá, criou um guião de comportamento para os agentes das forças de segurança e da ordem para "melhoria da imagem da instituição", refere o documento.
No guião, a que a agência Lusa teve hoje acesso, Suca N'Tchama pede aos agentes para não fomentarem divisões étnicas ou tribais em nenhuma circunstância.
Com um sublinhado, o ministro do Interior proíbe aos agentes de segurança e ordem qualquer participação nos comícios de partidos políticos, visitas às sedes partidárias ou dar entrevistas sem uma prévia autorização superior.
Também fica expressamente proibido aos agentes das diferentes forças de segurança e ordem da Guiné-Bissau a participação em negócios, discussão de assuntos do serviço com pessoas estranhas e fora de expediente, fomentar intrigas, criar grupos no local de trabalho ou expropriar bens de terceiros.
No guião do comportamento ainda se pode ler que os agentes de segurança e ordem não podem intimidar outras pessoas e são impedidos de discutir assuntos de Estado ou do Governo com estrangeiros.
Também fica proibido aos agentes apresentarem-se mal fardados durante o serviço ou na via pública e muito menos andarem embriagados.
Atos de vandalismo, violação do domicílio sem autorização prévia são atitudes que os agentes devem evitar doravante, diz ainda o guião de comportamento.
Um assessor do ministro do Interior disse à agência Lusa que, nos próximos dias, o guião, em forma de uma caderneta, será distribuído por todos os agentes do ministério para que passe a ser uma "ferramenta de consulta permanente".
"Tudo o que o ministro está a aqui a exigir é o que está na lei orgânica do nosso ministério e também na Constituição da Republica", observou o assessor de Suca N'Tchamá, sublinhando que o guião visa apenas lembrar as obrigações e os deveres dos agentes de segurança e ordem.
Agência Lusa
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