A par do futebol, a luta olímpica é das modalidades mais populares da Guiné-Bissau, sendo mesmo aquela que já deu ao país mais medalhas.
Os lutadores da Guiné-Bissau Augusto Midana e Quintino N´Tip falharam a participação no Campeonato do Mundo da modalidade, que decorre na Hungria, pela inexistência de embaixada deste país na África Ocidental, disse à Lusa fonte oficial.
O presidente da Federação de Luta da Guiné-Bissau, Simão Lucas da Rocha, afirmou que os dois atletas não vão participar no mundial que começa esta terça-feira, dia em que Augusto Midana devia iniciar a competição, e termina no próximo domingo.
Midana, tricampeão africano na categoria de -74kg, era «a esperança da Guiné-Bissau para uma medalha», segundo Lucas da Rocha, garantindo que a federação de luta «fez tudo» para que os dois atletas pudessem competir.
«A embaixada da Hungria mais próxima da Guiné-Bissau está no Quénia. Ora, não podíamos ir até ao Quénia apenas para pedir vistos de entrada para os nossos atletas», disse o presidente da federação guineense, tendo em conta a distância e os custos que a deslocação implicava.
O outro atleta, Quintino N'Tip, medalha de prata na categoria de -64kg no último campeonato africano de luta, que decorreu no Chade em 2012, iria entrar em competição na quarta-feira.
«Lamentamos que estes dois atletas, que são as nossas grandes esperanças, não possam participar num evento tão importante para nós e para eles», frisou o presidente federativo, explicando que até tentaram pedir um visto de trânsito de França, mas o Governo húngaro não aceitou tal possibilidade.
Com a impossibilidade de participar no Mundial, Augusto Midana vai treinar em Dacar, acompanhado por Jacira Mendonça (que não ia à competição), ao abrigo de uma bolsa da solidariedade olímpica, aguardando pelas próximas competições, observou Lucas da Rocha.
Conteúdo publicado por SportInforma c/ Lusa
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