domingo, 29 de setembro de 2013

combate à droga deve ser na origem e no destino

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Presidente interino diz que estratégia vai desencorajar fluxo por nações como o seu território; líder interino considera cooperação de potências mundiais com conhecimento e tecnologias.

Apreensão de cocaína. .

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque

O presidente interino da Guiné-Bissau, Manuel Serifo Namadjo, disse que os esforços de combate à droga devem ser concentrados nos pontos de produção e de consumo.

Com a aplicação da proposta, avançada em entrevista à Rádio ONU, o líder disse acreditar que não haverá passagem da droga por países como o seu.

Tecnologia

"Há dois pontos essenciais que já estão identificados. Agora a passagem não deve ser tida como causador de todos os males. Nós somos, infelizmente, uma estrada para o produtor levar ao consumidor. Se nós conseguirmos juntar esforços e combater na produção e desencorajar o consumo, certamente não haverá passagem por nossos países, por isso, é uma luta que tem que associar todas as forças. Os países desenvolvidos têm mais tecnologia para intercetar estes traficantes e ajudar os países vítimas, neste caso o meu país, de apetrechá-los de meios para combater este mal."

O Escritório da ONU sobre Drogas e o Crime, Unodc, afirma que entre 2005 a 2011,  a Guiné-Bissau teve a maior apreensão de cocaína  na África Ocidental. O país é considerado um dos principais corredores do narcotráfico da América Latina para várias regiões do planeta.

Dificuldades

Para o caso guineense, Namadjo disse que a luta contra a prática deve ser coordenada com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao. O presidente interino guineense falou à margem da Assembleia-Geral.

"Não acredito que um país sozinho possa combater o tráfico de drogas, tem que ser articulado com a sub-região. E muitas das vezes, esta prática aproveita os países com fragilidade para poder utilizá-lo como uma porta de entrada. E a Guiné-Bissau com as dificuldades que tem e ainda mais agravada com os sucessivos conflitos terá muita dificuldade para sozinha fazer face a isso. Por isso, nós podemos dizer que estamos dispostos a combater dentro de uma estratégia comum da sub-região. Para que a sub-região, por exemplo da Cedeao possa erradicar este mal. Mas a Guiné-Bissau sozinha não terá condição."

Proveniência

Questionado sobre o possível papel de potências mundiais no combate à droga no seu país, o líder interino disse que estes têm conhecimento sobre a sua proveniência e destino.

Em setembro, o enviado do secretário-geral na Guiné-Bissau, Ramos Horta, anunciou a intenção do envio de uma carta da liderança guineense à ONU a pedir uma comissão internacional para investigar o tráfico de drogas e o crime organizado.

A nível interno, Serifo Namadjo defende que, para pôr fim ao fenómeno, é necessário restruturar os serviços e obter equipamentos que devem permitir um combate eficiente ao narcotráfico.

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