O chefe da missão da União Europeia para o sector de Defesa e Segurança da Guiné-Bissau, Juan Esteban Verastegui, reiterou hoje que a missão vai ser prolongada por quatro meses, embora fique reduzida.
"A missão fica no país, o vice-chefe fica como chefe da missão, durante quatro meses a missão vai continuar nos trabalhos que ainda são necessários fazer, de seguimento de leis, seguimento de regulamentos que ainda vão ser aprovados", explicou o general espanhol, depois de um encontro com a ministra dos Assuntos Parlamentares.
"É certo que a missão fica mais reduzida. Mas não há grandes trabalhos a fazer. Estamos à espera que durante o mês de Junho, princípios de Julho, a situação política do país regresse à normalidade e permita à União Europeia tomar decisões", sublinhou Juan Esteban Verastegui.
Após a intervenção militar de 1 de Abril na Guiné-Bissau, a União Europeia decidiu prolongar por mais quatro meses a actual missão, com um número de elementos mais reduzido, e suspender o início de uma nova missão com um novo mandato. A nova missão era essencialmente destinada à aplicação do processo de reforma e deveria ter início no dia 1 de Junho.
A 1 de Abril uma intervenção militar culminou com o afastamento e detenção do almirante Zamora Induta, que chefiava as Forças Armadas do país.
O general espanhol, que cessa funções no próximo dia 31, falava aos jornalistas depois de se ter despedido oficialmente das autoridades guineenses. "Desejo que a UE continue a trabalhar com o processo de reforma" no país, salientou. "Gostaria que hoje fosse a minha despedida e a apresentação de um novo chefe para a missão de implementação".
À espera, à espera...até quando? Mais cinco, seis semanas? Será que algo de novo acontecerá até lá?
ResponderEliminarParece-me que já estamos todos muito saturados daquilo a que temos vindo a assistir na Guiné-Bissau, pelo menos desde 1 de Abril. Não descortinamos nenhum milagre que se possa verificar até meados de Julho.
A missão da União Europeia (UE) de apoio à reforma do setor da segurança na Guiné-Bissau será liderada por um militar português da GNR, o coronel português Fernando Afonso, disse à Lusa fonte comunitária.
ResponderEliminarA nomeação de Fernando Afonso foi proposta pela Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Catherine Ashton, e aceite pelo Comité Político e de Segurança da UE.
Fernando Afonso era o número dois do espanhol Juan Esteban Verastegui.