sexta-feira, 14 de maio de 2010

Professores de português pedem mudança da forma de ensinar a língua


O primeiro encontro de professores de português da Guiné-Bissau terminou hoje com a apresentação ao governo de um conjunto de propostas para mudar a forma de ensino daquela língua no país para aumentar o número de falantes.
"O mal está no método e na ausência de estímulos, principalmente de materiais", afirmou Figuinho Bernardo Ocaía, presidente da Associação Guineense de Professores de Português.
"Nós precisamos de ter materiais para trabalharmos bem, os alunos precisam de ter materiais. Nós precisamos de ter bibliotecas, livrarias", disse o professor, resumindo à agência Lusa as principais propostas apresentadas ao governo.
Os professores de português da Guiné-Bissau pretendem também uma mudança no método na forma como se ensina o português no país e pretendem desenvolver mais as competências de ouvir, falar e escrever.
Segundo alguns professores de português guineense, o programa daquela língua é essencialmente gramática e decorar gramática.
"Desde ontem e até hoje o coração da discussão foi sobre à metodologia do ensino, como ensinar", afirmou, recordando que na Guiné-Bissau a maior parte das pessoas não tem o português como língua materna.
Presente no encontro esteve Paulo Feytor Pinto, presidente da Associação de Professores de Português de Portugal.
Segundo o professor português, em causa está a metodologia do ensino.
"Em relação às metodologias, em Portugal a distinção que fazemos é entre língua materna e língua não materna", sublinhou.
"Em termos de sala aula e na metodologia da sala de aula uma coisa é falar com os alunos que já sabem a língua, enquanto quem tem a língua como não materna é completamente diferente", disse.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

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