quarta-feira, 5 de maio de 2010

Guiné-Bissau debate alienação de terras e produção de alimentos modificados


A alienação de terras e produção de alimentos geneticamente modificados na Guiné-Bissau vão estar sexta-feira em debate numa conferência a realizar no Centro Cultural francês de Bissau.

A conferência subordinada ao tema "Alienação das Terras, uma ameaça à soberania alimentar em África", é organizada pelo pólo guineense da Coligação para a Defesa do Património Genético Africano (Copagem), instituição que luta contra a introdução dos organismos geneticamente modificados na agricultura.

No encontro, em que participa Assétou Samaké, especialista em biologia genética, será debatida a tendência cada vez maior de os governos africanos cederem "importantes parcelas das terras" para o cultivo de organismos geneticamente modificados ou para a produção de biocombustíveis.

No caso concreto da Guiné-Bissau, há um debate sobre a cedência de terras para o cultivo da jatropha por uma multinacional, a Geocapital, do magnata do jogo em Macau Stanley Ho, que está em conversações com o Governo.

A jatropha é uma planta que resiste à seca e pode ser colhida três vezes por ano.

Além da comunicação da especialista e activista africana Assétou Samaké, estão também previstas as intervenções de Nelson Dias, representante da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) na Guiné-Bissau e de Sambu Seck, secretario executivo da federação camponesa, Kafo, que dinamiza e coordena um vasta rede de agricultores na zona norte do país.

1 comentário:

  1. Num momento em que os países desenvolvidos procuram a qualidade de vida, alimentos sem agrotoxicos e o mais natural possivel, transporta-se para os mais pobres a produção de 'alimentos genticamente modificados'. Conhecendo o meu país como conheço, acredito que nao foram feitos estudos de impacto ambiental nem social, pois para os governantes o que importa é quanto vao ganhar pessoalmente com os negocios do estado.
    Se vão desmatar as nossas terras, isso não é procupação para eles.
    Infelizmente não há muito a fazer a curto prazo, temos é que trabalhar e pensar que as pequenas ações e contribuiçoes dos cidadaos honestos terao efeito num futuro nao muito longinquo....

    Obrigada por postar a noticia!

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