A diretora geral da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau disse esta terça-feira que os inquéritos aos assassínios do ex-presidente 'Nino' Vieira e do chefe das Forças Armadas já seguiram para o Ministério Público, mas apenas o segundo ficou "concluído".
"Estes casos já não estão na posse da Polícia Judiciária. Concluímos um e o outro não se concluiu devido aos constrangimentos que tivemos. Estão no Ministério Público", afirmou Lucinda Barbosa, em declarações à agência Lusa, à margem de um seminário sobre tráfico de droga, realizado hoje ao fim da tarde em Lisboa.
A responsável indicou depois que a investigação concluída é a referente ao chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié.
Relativamente a 'Nino' Vieira, adiantou que não foi possível concluir o inquérito devido a "constrangimentos", mas que foi "produzida informação" e "enviada" também para o Ministério Público.
"Resta saber se no âmbito do Ministério Público ainda há mais trabalho a fazer", acrescentou Lucinda Barbosa, recusando-se, no entanto, a explicar quais os "constrangimentos" a que se referia.
Um dos principais entraves que a PJ da Guiné-Bissau tem encontrado nas investigações ao assassínio de 'Nino Vieira' tem sido as dificuldades em notificar e ouvir algumas testemunhas, que se encontram no estrangeiro, como por exemplo a viúva do ex-presidente, Isabel Vieira.
Esta dificuldade já foi mesmo admitida pelo procurador geral da República da Guiné-Bissau.
'Nino' Vieira foi assassinado na sua residência em Bissau, em março de 2008, horas depois de o general Tagmé Na Waié ter sido morto num atentado à bomba.
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