O líder da rebelião do mês passado na Guiné-Bissau, António Indjai, disse estar disposto a ser o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, “se for chamado” para esse cargo.
“Se não for chamado, não vou, mas também não vou ficar mal com isso”, acrescentou em entrevista à agência Lusa o major-general Indjai, que era o vice-chefe do Estado-Maior General e que no dia 1 de Abril prendeu o titular do cargo, almirante Zamora Induta.
Interrogado sobre o processo de nomeação de novo Chefe do Estado-Maior, partindo do princípio de que Induta não será recolocado no lugar, o militar rebelde recordou que isso passa pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, actualmente em Cuba, onde há uma semana foi operado ao coração.
Quanto à reforma dos sectores de Defesa e Segurança, pedida pela União Europeia e por outras instâncias internacionais, Indjai reconheceu que há militares que estão nas Forças Armadas guineenses desde o início da luta armada pela independência, há 47 anos. Pessoas que pegaram em armas ainda adolescentes e que hoje em dia continuam nos quartéis.
“Até eu estou cansado desta vida. Entrei em 1968 (na luta armada do PAIGC) e até hoje estou aqui. Estou cansado, quero ir para a reforma. Basta que seja condigna”, disse o major-general, numa aparente contradição com a sua disponibilidade para chefiar o Estado-Maior.
Tendo chefiado a rebelião de Abril em sintonia com o contra-almirante Bubo Na Tchuto, que os Estados Unidos já acusaram de estar envolvido no narcotráfico, António Indjai pediu nesta entrevista que lhe mostrem provas de que “a Guiné-Bissau é um ponto de encontro de negócios de droga”.
Rumando contra todos os indícios de que figuras gradas das Forças Armadas se encontram envolvidas no tráfico, o major-general pediu “ao Governo, ao Estado e à comunidade internacional” que lhe dêem meios de “lutar contra a droga”.
Pelo menos, “um helicóptero em segunda mão, uma avioneta ou um barco”, pediu o rebelde que no dia 1 de Abril chegou a ameaçar publicamente de morte Carlos Gomes Júnior, que além de primeiro-ministro é o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
“Há justiça no país”, disse ele, contra todas as evidências, pois que permanecem impunes muitos assassínios que têm vindo a ser cometidos, como o do Presidente João Bernardo Nino Vieira, em Março do ano passado. E acrescentou que o almirante Induta será julgado em tribunal militar.
“Se o tribunal verificar que não fez nada de anormal, será deixado no seu cantinho, quieto e sossegado”, prometeu o chefe rebelde contra o qual não fizeram nada nem o Presidente da República nem o Governo ou os juízes.
Aliás, argumentou Indjai, ele até teria começado pura e simplesmente por mandar Induta ficar “sentado em casa”. Só que, “como houve muita gente a reclamar, foi posto na prisão”.
Entretanto, uma maioria dos deputados guineenses já aboliu o cargo de vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, que é o que formalmente o responsável pelo levantamento de Abril continua a ser, num dos países mais pobres do mundo.
“Se não for chamado, não vou, mas também não vou ficar mal com isso”, acrescentou em entrevista à agência Lusa o major-general Indjai, que era o vice-chefe do Estado-Maior General e que no dia 1 de Abril prendeu o titular do cargo, almirante Zamora Induta.
Interrogado sobre o processo de nomeação de novo Chefe do Estado-Maior, partindo do princípio de que Induta não será recolocado no lugar, o militar rebelde recordou que isso passa pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, actualmente em Cuba, onde há uma semana foi operado ao coração.
Quanto à reforma dos sectores de Defesa e Segurança, pedida pela União Europeia e por outras instâncias internacionais, Indjai reconheceu que há militares que estão nas Forças Armadas guineenses desde o início da luta armada pela independência, há 47 anos. Pessoas que pegaram em armas ainda adolescentes e que hoje em dia continuam nos quartéis.
“Até eu estou cansado desta vida. Entrei em 1968 (na luta armada do PAIGC) e até hoje estou aqui. Estou cansado, quero ir para a reforma. Basta que seja condigna”, disse o major-general, numa aparente contradição com a sua disponibilidade para chefiar o Estado-Maior.
Tendo chefiado a rebelião de Abril em sintonia com o contra-almirante Bubo Na Tchuto, que os Estados Unidos já acusaram de estar envolvido no narcotráfico, António Indjai pediu nesta entrevista que lhe mostrem provas de que “a Guiné-Bissau é um ponto de encontro de negócios de droga”.
Rumando contra todos os indícios de que figuras gradas das Forças Armadas se encontram envolvidas no tráfico, o major-general pediu “ao Governo, ao Estado e à comunidade internacional” que lhe dêem meios de “lutar contra a droga”.
Pelo menos, “um helicóptero em segunda mão, uma avioneta ou um barco”, pediu o rebelde que no dia 1 de Abril chegou a ameaçar publicamente de morte Carlos Gomes Júnior, que além de primeiro-ministro é o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
“Há justiça no país”, disse ele, contra todas as evidências, pois que permanecem impunes muitos assassínios que têm vindo a ser cometidos, como o do Presidente João Bernardo Nino Vieira, em Março do ano passado. E acrescentou que o almirante Induta será julgado em tribunal militar.
“Se o tribunal verificar que não fez nada de anormal, será deixado no seu cantinho, quieto e sossegado”, prometeu o chefe rebelde contra o qual não fizeram nada nem o Presidente da República nem o Governo ou os juízes.
Aliás, argumentou Indjai, ele até teria começado pura e simplesmente por mandar Induta ficar “sentado em casa”. Só que, “como houve muita gente a reclamar, foi posto na prisão”.
Entretanto, uma maioria dos deputados guineenses já aboliu o cargo de vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, que é o que formalmente o responsável pelo levantamento de Abril continua a ser, num dos países mais pobres do mundo.
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