sábado, 7 de setembro de 2013

Atraso de três meses nas eleições da Guiné-Bissau não ameaça transição política, diz enviado da ONU

Representante do secretário-geral da ONU em Guiné-Bissau, José Ramos-Horta. Foto: ONU/JC McIlwaine

Representante do secretário-geral da ONU em Guiné-Bissau, José Ramos-Horta. Foto: ONU/JC McIlwaine

Apesar de um possível atraso nas eleições marcadas para novembro, os esforços políticos em Guiné-Bissau estão obtendo bons resultados e o país permanece calmo, disse o representante do secretário-geral da ONU no país africano, José Ramos-Horta, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, na quinta-feira (5).

As eleições gerais e presidenciais tinham sido programadas para o final deste ano, mas devido a problemas de financiamento e outras razões logísticas devem ser adiadas, disse Ramos-Horta, acrescentando que se a votação for adiada por um curto período de tempo não haverá problemas. Porém, um longo atraso poderia desestabilizar a situação política, minando os esforços já conquistados, disse. Ramos-Horta espera que o atraso nas votações não ultrapasse três meses, sendo realizadas no início de 2014.

Em entrevistas a jornalistas em Nova York, Ramos-Horta afirmou que a estabilização no país é resultado da cooperação entre as autoridades nacionais com a União Africana, a Comunidade Econômica dos Estados do Oeste Africano, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a ONU.

Soldados guineenses tomaram o poder no país em abril de 2012. A Guiné-Bissau tem uma história de golpes, instabilidade e desgoverno político desde que se tornou independente de Portugal em 1974. A ordem constitucional ainda não foi restaurada e um governo de transição está em vigor até que eleições sejam realizadas.

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