quarta-feira, 28 de abril de 2010

Cabo Verde e França defendem acção concertada internacional


Cidade da Praia - Cabo Verde e França manifestaram hoje (terça-feira) a necessidade de haver uma acção concertada da comunidade internacional em relação à Guiné-Bissau, onde as sucessivas crises políticas e militares têm impossibilitado estabilizar a região oeste africana.

Em declarações à Agência Lusa, o director dos Assuntos Políticos e Cooperação do Ministério dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, José Luís Rocha, sublinhou ter analisado o assunto hoje na Cidade da Praia com o seu homólogo francês, Stéphane Gompretz, que termina hoje uma visita de trabalho de dois dias ao arquipélago.


"Temos as mesmas ideias sobre a Guiné-Bissau, país onde terá de haver uma acção concertada da comunidade internacional" para resolver as sucessivas crises, sublinhou José Luís Rocha.

Do encontro com o diplomata francês, que não falou à imprensa, José Luís Rocha disse terem sido abordadas outras questões ligadas à África Ocidental, maioritariamente francófona, sobretudo relacionadas com a paz, segurança e estabilidade regional.

Os dois responsáveis debateram ainda questões como a insegurança em África, o terrorismo no Maghreb (Mauritânia, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia), a pirataria, o narcotráfico e a criminalidade a ele associada, temas que não foram comentados com a imprensa.

Segundo José Luís Rocha, Cabo Verde e França perspectivaram ainda as cimeiras França/África, em Nice (sul), em Maio próximo, e Europa/África, a realizar em Novembro em Sirte (leste da Líbia), realçando a "convergência de pontos de vista generalizada".


Em relação às relações bilaterais, o responsável cabo-verdiano lembrou que datam desde a independência de Cabo Verde (1975), recordando que, a partir de 2006, se recorreu a um quadro de parceria para os anos 2007/2011.

"É esse documento que tem estado a orientar as relações de cooperação entre os dois países", realçou José Luís Rocha, sublinhando que assenta nos setores das infraestruturas, água e saneamento, governação democrática e luta contra a pobreza, entre outros.

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