Praia - O Governo de Cabo Verde disse hoje (quarta-feira) ter chegado a altura de "acabar, de vez, com o cancro" na Guiné-Bissau, acusando os militares de se envolverem na política de um Estado democrático.
"Chegou a altura de acabar, de uma vez por todas, com o cancro na Guiné-Bissau, que não pode ficar refém dos militares que, nalguns casos, estão envolvidos no tráfico de droga", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, José Brito, aludindo ao recente relatório nesse sentido do Departamento de Estado norte-americano.
O chefe da diplomacia aludia aos acontecimentos de 01 de Abril de 2010 na Guiné-Bissau, quando o Primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, foi sequestrado e libertado horas depois por um grupo de militares, liderado pelo vice-chefe do Estado-maior general das Forças Armadas (Vice-CEMGFA), António Indjai.
O sequestro seguiu-se à detenção do então Chefe do EMGFA, Zamora Induta, que continua preso no quartel de Mansoa, 60 quilómetros a leste de Bissau.
"A situação na Guiné-Bissau preocupa bastante a comunidade internacional e nós, Cabo Verde, queremos ajudar a encontrar uma solução", afirmou José Brito, indicando que a questão guineense vai ser abordada nos próximos dias no arquipélago, com altos responsáveis dos Estados Unidos, França, Canadá e Guiné-Equatorial.
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