Portugal deverá ser escolhido na próxima semana para presidir à nova missão da UE na Guiné-Bissau, substituindo a Espanha, soube ontem o DN junto de fontes comunitárias.
A actual missão da UE para a Reforma dos sectores de Defesa e Segurança na Guiné-Bissau, cujo mandato termina no próximo dia 31 de Maio, é presidida pelo general de brigada Juan Esteban Verástegui (Espanha), que também vai estar quarta-feira em Bruxelas.
Segundo as fontes, a Espanha "já aceitou" que Portugal passe a presidir à nova missão que se inicia a 1 de Junho - desde que lhe seja garantido o lugar de n.º 2 (o que corresponde a uma troca entre as posições que os dois países ocupam na estrutura actual).
Assim sendo, a escolha de Portugal para liderar a nova equipa da UE em Bissau é dada como adquirida, observaram as fontes.
Em aberto está a figura - leia-se de que sector - a escolher por Lisboa para aquela missão. Dada a sua natureza política e de segurança, agora mais centrada na implementação das leis em vias de aprovação, tanto pode ser um diplomata como um jurista ou um militar, admitiram as fontes, alertando para um pormenor: sendo militar, pode vir do Exército ou da GNR.
O general Verástegui anunciou há dias, no final de uma audiência com o primeiro-ministro guineense, que "a nova missão começa a 1 de Junho" e com "um mandato distinto, porque v[ai] fazer coisas distintas". Embora ainda se esteja "a desenhar a nova missão", adiantou, os novos objectivos passam pelo reforço institucional e o treino de polícias e militares.
De acordo com as fontes do DN, ouvidas ao longo das últimas semanas, a formação de quadros intermédios - sargentos e praças nas Forças Armadas, chefes e subchefes nas forças de segurança, amanuenses na área da Justiça - assume um carácter prioritário, a exemplo das acções de desarmamento dos militares que deixam as fileiras (e subsequente destruição desse material de guerra).
Sem comentários:
Enviar um comentário