quarta-feira, 21 de abril de 2010

Morte e tortura alimentam rumores sobre Zamora Induta


Bissau – Morto, torturado, em preocupante estado de saúde, os rumores sobre a situação CEMGFA guineense, Zamora Induta, detido no quartel de Mansoa não param de inundar Bissau.

Zamora Induta foi o principal alvo dos golpistas militares de 01 de Abril na Guiné-Bissau. Assim, permitiram o decapitar das forças armadas e afastar radicalmente o CEMGFA da chefia das Forças Armadas provocando uma multicefalia na classe castrense guineense.

Mas, Zamora Induta é uma personagem incómoda para os autoproclamados lideres do levantamento militar. Depois de ter apresentado um corolário de muitas acusações e poucas provas contra o CEMGFA, ao Procurador-Geral da Republica, Amine Saad, António Indjai prossegue na tentativa de legitimação do Golpe. Nos últimos dias, tem visitando várias unidades militares por toda a Guiné-Bissau, com o objectivo de convencer alguns oficiais superiores do seu projecto para a estrutura militar do país. Tarefa fundamental para a implementação desta nova ordem militar guineense é o afastamento de Zamora Induta.

Os rumores entretanto circulam. Zamora Induta foi morto em Mansoa, diziam ainda ontem em Bissau, situação imediatamente confirmada como «irreal». Outros rumores apontavam que Induta e Samba Djaló teriam sido torturados pelos militares revoltosos, informação também não confirmada.

João Vaz Mané, presidente do Observatório dos Direitos Humanos, Democracia e Cidadania da Guiné-Bissau, confirmaram que Induta «está extremamente doente» e «em condições péssimas». Fonte na Guiné-Bissau confirmou também que Induta «está como um aspecto cadavérico e urina muito sangue.»

Segundo Liga Guineense dos Direitos Humanos, citada pela agência Lusa, é muito urgente «fazer-se uma visita médica aos detidos, mas infelizmente não tem sido facilitado e estamos a aguardar autorização».

Rodrigo Nunes

(c) PNN Portuguese News Network

Sem comentários:

Enviar um comentário