Dacar,(Inforpress) - O maior especialista da África Ocidental em matéria dos recursos mineiras, Madani Djalló, acredita na existência de ouro na Guiné-Bissau, mas defende que o Estado deve elaborar legislação que proteja os investidores.
Madani Djalló falou à agência Lusa em Dacar, Senegal, onde decorre até quinta feira, o primeiro salão internacional de minérios (SIM) organizado pelo governo senegalês e com a presença das maiores empresas mundiais que actuam no ramo.
O especialista africano disse ter a convicção da existência de ouro no leste da Guiné-Bissau, concretamente na zona de Pirada e Canquelifa, após analisar os dados por si recolhidos no terreno em 1991.
“Depois de 20 anos de recolha de dados e, agora com a minha experiência pessoal, porque em 1991 era ainda um jovem, penso que tudo indica para a existência de ouro no leste da Guiné-Bissau”, declarou Madani Djalló.
Madani Djalló não tem dúvidas quanto aos indícios da existência do ouro no subsolo guineense, mas recomenda que sejam feitos estudos pormenorizados e que haja uma legislação que possa “atrair” os investidores privados “já que o Estado não possui meios para avançar” com prospecção.
“É preciso ainda muito trabalho, por exemplo, aquilo que é o mais elementar, ou seja um estudo geoquímico para a demarcação clara do terreno onde acreditamos existir ouro”, disse.
“No Mali, as Nações Unidas e a União Europeia financiaram esse tipo de estudo, o que não é o caso ainda na Guiné-Bissau, isto é, aqui é a sociedade privada que o vai fazer”, sublinhou o especialista.
Consultor mineiro das maiores empresas do ramo na zona da África Ocidental, Madani Djalló recorre ao Senegal para ilustrar a necessidade da clarificação contratual entre as autoridades e as empresas privadas interessadas na prospecção do ouro na Guiné-Bissau.
“Por exemplo a licença concedida à empresa West Africa no Senegal é para cobrir uma área de 604 quilómetros quadrados e a zona leste da Guiné-Bissau é qualquer coisa como 3 mil quilómetros quadrados. Será preciso muito esforço e muito tempo daí ser imperioso que haja um contrato claro” defendeu Djalló.
Madani Djalló indicou ser do seu conhecimento que o PNUD está a ajudar a Guiné-Bissau na elaboração de um código mineiro adequado à realidade, mas mesmo sem ter o instrumento pensa que o país poderia formalizar “contratos claros” que possam “proteger os investidores privados”.
“Se for encontrado ouro, o Estado fica com a sua parte e a empresa ganha a sua parte”, concluiu.
Inforpress/Lusa
Madani Djalló falou à agência Lusa em Dacar, Senegal, onde decorre até quinta feira, o primeiro salão internacional de minérios (SIM) organizado pelo governo senegalês e com a presença das maiores empresas mundiais que actuam no ramo.
O especialista africano disse ter a convicção da existência de ouro no leste da Guiné-Bissau, concretamente na zona de Pirada e Canquelifa, após analisar os dados por si recolhidos no terreno em 1991.
“Depois de 20 anos de recolha de dados e, agora com a minha experiência pessoal, porque em 1991 era ainda um jovem, penso que tudo indica para a existência de ouro no leste da Guiné-Bissau”, declarou Madani Djalló.
Madani Djalló não tem dúvidas quanto aos indícios da existência do ouro no subsolo guineense, mas recomenda que sejam feitos estudos pormenorizados e que haja uma legislação que possa “atrair” os investidores privados “já que o Estado não possui meios para avançar” com prospecção.
“É preciso ainda muito trabalho, por exemplo, aquilo que é o mais elementar, ou seja um estudo geoquímico para a demarcação clara do terreno onde acreditamos existir ouro”, disse.
“No Mali, as Nações Unidas e a União Europeia financiaram esse tipo de estudo, o que não é o caso ainda na Guiné-Bissau, isto é, aqui é a sociedade privada que o vai fazer”, sublinhou o especialista.
Consultor mineiro das maiores empresas do ramo na zona da África Ocidental, Madani Djalló recorre ao Senegal para ilustrar a necessidade da clarificação contratual entre as autoridades e as empresas privadas interessadas na prospecção do ouro na Guiné-Bissau.
“Por exemplo a licença concedida à empresa West Africa no Senegal é para cobrir uma área de 604 quilómetros quadrados e a zona leste da Guiné-Bissau é qualquer coisa como 3 mil quilómetros quadrados. Será preciso muito esforço e muito tempo daí ser imperioso que haja um contrato claro” defendeu Djalló.
Madani Djalló indicou ser do seu conhecimento que o PNUD está a ajudar a Guiné-Bissau na elaboração de um código mineiro adequado à realidade, mas mesmo sem ter o instrumento pensa que o país poderia formalizar “contratos claros” que possam “proteger os investidores privados”.
“Se for encontrado ouro, o Estado fica com a sua parte e a empresa ganha a sua parte”, concluiu.
Inforpress/Lusa
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