Nove anos após a sua retirada da Guiné-Bissau, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) retomou as suas actividades no país.
O organismo pretende implementar um programa de assistência com vista à integração local dos refugiados, com o financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), no valor de pouco mais de um milhão de dólares americanos.
Em entrevista à BBC, o Representante Regional Adjunto do ACNUR para África Ocidental, Rufin Gilbert Loubaki, disse tratar-se de um plano de assistência com vista à instalação prolongada de refugiados no país. Guiné-Bissau conta com cerca de 12 mil refugiados provenientes, na sua maioria, do vizinho Senegal fugidos do conflito armado de Casamance, no sul daquele país.
A inauguração da nova sede e o início do recenseamento dos refugiados marcaram a retoma das actividades do ACNUR na Guiné-Bissau.
A cerimónia foi presidida pela ministra da Administração Interna, Adja Satu Camará Pinto que garantiu protecção a todos aqueles que escolherem a Guiné-Bissau como país de refúgio.
"Temos que ser um país acolhedor. Uma pátria libertada serve à todos que queiram viver nela. O governo vai fazer tudo para que os refugiados se sintam como se fosse a sua própria terra", disse a ministra do Interior Satu Camará Pinto.
Intervenção
Alegando falta de presença de refugiados, o ACNUR abandonou Bissau, em 2001.
Seguiu-se a criação, pelo governo, da Comissão Nacional de Refugiados, para, à medida das suas possibilidades, garantir assistência aos refugiados de Libéria, Serra leoa e Senegal acolhidos em Bissau e nalgumas partes do norte do país.
A intervenção do governo assenta, sobretudo, na sensibilização das comunidades locais para que não haja conflitos de terras e de outros recursos escassos, e no fornecimento de alojamento, alimentação e assistência medicamentosa.
Para a retoma das actividades do ACNUR na Guiné, a representação da organização na Africa Ocidental fez deslocar a Bissau o representante-adjunto, Rufin Gilbert Loubaki.
Vínculos
Falando na ocasião, ele referiu que "o elemento principal da retoma das nossas actividades é o lançamento do programa de assistência para a integração local dos refugiados instalados na Guiné-Bissau."
"A implementação desse programa exige a nossa presença permanente na Guiné-Bissau. Não se trata de dar algum dinheiro aos refugiados mas sim acompanhar, com apoio do governo, a instalação durável dos refugiados", considerou Loubaki.O representante adjunto do ACNUR na África Ocidental disse que o referido programa contempla a formação profissional através da qual os refugiados serão melhor integrados na sociedade guineense.
Nancy Tocka, uma refugiada da Serra Leoa na Guiné-Bissau, contou à BBC o seu testemunho de vida durante os nove anos de presença no país.
"Temos o que comer, mas faço pequenos negócios. Vendo pastéis e também recebo medicamentos", explicou Nancy Tocka.
Dauda Camará, um refugiado de nacionalidade liberiana, considera entretanto, insuficiente o nível de assistência que lhe é prestada.
"Queremos saber fazer outras coisas, ser mecânico, carpinteiro, coisas assim é que nos ajudam bastante", considerou Dauda que vive há sete anos em Bissau e renova as suas esperanças com a reabertura da sede do ACNUR no país.
"Viemos trocar os documentos. Talvez isso mude, não sei, oxalá assim seja porque sofremos muito como refugiados", explicou.
Grande parte dos refugiados na Guiné-Bissau constitui família com parceiras guineenses. O pequeno Josué, de seis anos é fruto de uma dessas ligações.
"Viemos trocar documentos", disse, em crioulo, o pequeno Josué, que na companhia do se deslocou às instalações do ACNUR para se recensearem.
O escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados na Guiné-Bissau é dirigido pelo angolano Nsona Vela do Nascimento.
O organismo pretende implementar um programa de assistência com vista à integração local dos refugiados, com o financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), no valor de pouco mais de um milhão de dólares americanos.
Em entrevista à BBC, o Representante Regional Adjunto do ACNUR para África Ocidental, Rufin Gilbert Loubaki, disse tratar-se de um plano de assistência com vista à instalação prolongada de refugiados no país. Guiné-Bissau conta com cerca de 12 mil refugiados provenientes, na sua maioria, do vizinho Senegal fugidos do conflito armado de Casamance, no sul daquele país.
A inauguração da nova sede e o início do recenseamento dos refugiados marcaram a retoma das actividades do ACNUR na Guiné-Bissau.
A cerimónia foi presidida pela ministra da Administração Interna, Adja Satu Camará Pinto que garantiu protecção a todos aqueles que escolherem a Guiné-Bissau como país de refúgio.
"Temos que ser um país acolhedor. Uma pátria libertada serve à todos que queiram viver nela. O governo vai fazer tudo para que os refugiados se sintam como se fosse a sua própria terra", disse a ministra do Interior Satu Camará Pinto.
Intervenção
Alegando falta de presença de refugiados, o ACNUR abandonou Bissau, em 2001.
Seguiu-se a criação, pelo governo, da Comissão Nacional de Refugiados, para, à medida das suas possibilidades, garantir assistência aos refugiados de Libéria, Serra leoa e Senegal acolhidos em Bissau e nalgumas partes do norte do país.
A intervenção do governo assenta, sobretudo, na sensibilização das comunidades locais para que não haja conflitos de terras e de outros recursos escassos, e no fornecimento de alojamento, alimentação e assistência medicamentosa.
Para a retoma das actividades do ACNUR na Guiné, a representação da organização na Africa Ocidental fez deslocar a Bissau o representante-adjunto, Rufin Gilbert Loubaki.
Vínculos
Falando na ocasião, ele referiu que "o elemento principal da retoma das nossas actividades é o lançamento do programa de assistência para a integração local dos refugiados instalados na Guiné-Bissau."
"A implementação desse programa exige a nossa presença permanente na Guiné-Bissau. Não se trata de dar algum dinheiro aos refugiados mas sim acompanhar, com apoio do governo, a instalação durável dos refugiados", considerou Loubaki.O representante adjunto do ACNUR na África Ocidental disse que o referido programa contempla a formação profissional através da qual os refugiados serão melhor integrados na sociedade guineense.
Nancy Tocka, uma refugiada da Serra Leoa na Guiné-Bissau, contou à BBC o seu testemunho de vida durante os nove anos de presença no país.
"Temos o que comer, mas faço pequenos negócios. Vendo pastéis e também recebo medicamentos", explicou Nancy Tocka.
Dauda Camará, um refugiado de nacionalidade liberiana, considera entretanto, insuficiente o nível de assistência que lhe é prestada.
"Queremos saber fazer outras coisas, ser mecânico, carpinteiro, coisas assim é que nos ajudam bastante", considerou Dauda que vive há sete anos em Bissau e renova as suas esperanças com a reabertura da sede do ACNUR no país.
"Viemos trocar os documentos. Talvez isso mude, não sei, oxalá assim seja porque sofremos muito como refugiados", explicou.
Grande parte dos refugiados na Guiné-Bissau constitui família com parceiras guineenses. O pequeno Josué, de seis anos é fruto de uma dessas ligações.
"Viemos trocar documentos", disse, em crioulo, o pequeno Josué, que na companhia do se deslocou às instalações do ACNUR para se recensearem.
O escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados na Guiné-Bissau é dirigido pelo angolano Nsona Vela do Nascimento.
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