terça-feira, 6 de abril de 2010

Bispo de Bafatá pede continuidade do primeiro-ministro da Guiné-Bissau


D. Pedro Zilli afirma, em declarações à Renascença, que é preciso ter em conta a estabilidade do país e o apoio que a população continua a dar ao chefe do Governo.



Em nome da estabilidade da Guiné-Bissau, o Bispo de Bafatá está contra a saída do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, pedida pelo maior partido da oposição, o Partido da Renovação Social (PRS) de Kumba Ialá. D. Pedro Zilli afirma, em declarações à Renascença, que é preciso ter em conta o apoio que a população continua a dar ao chefe do Governo.

“Eu acho que não faz muito sentido, por uma questão de princípio. Quando é que nós vamos ter um Governo estável no país?”, questiona. O Bispo de Bafatá lamenta a crise política e admite que poderá levar à queda do Governo de Carlos Gomes Júnior.

Para D. Pedro Zilli, a responsabilidade pela situação passa pelos militares e considera que o Presidente da República deveria “agir um pouco mais em favor da estabilidade do país”.

O PAIG, partido do Governo, também já rejeitou a exigência de demissão de Carlos Gomes Júnior feita pelo PRS. Para esta terça-feira, estão previstas várias reuniões do primeiro-ministro com as chefias militares, para se encontrar uma solução para a crise.

Para já, ainda é desconhecido o paradeiro do Almirante Zamora Induta, o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas que foi detido na passada quinta-feira pelos militares revoltosos. Há informações que indicam que terá sido transferido da base aérea nos arredores de Bissau para o quartel militar em Mansoa, no Norte, um zona de grande influência militar de um dos líderes da ultima intervenção militar.

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