quarta-feira, 7 de abril de 2010

Primeiro-ministro Guineense desvaloriza apelos à sua demissão

O chefe do Governo da Guiné-Bissau respondeu aos que pedem a sua substituição. Carlos Gomes Júnior disse que no dia em que for factor de instabilidade será o primeiro "a abrir a porta" para sair, e afirmou estar disponível para o diálogo.

Temos de parar, sentarmo-nos e ouvirmo-nos uns aos outros e, enquanto presidente do partido, enquanto primeiro-ministro estou aberto para dialogar com todas as pessoas para chegar a um consenso", afirmou o primeiro-ministro num encontro com mulheres militantes do PAIGC.
Carlos Gomes Júnior defendeu ainda que é preciso respeitar as instituições e a ordem constitucional e a escolha feita pela população nas urnas.

PAIGC apoia primeiro-ministro

Também o partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) descartou qualquer intenção de vir a substituir Carlos Gomes Júnior na chefia do Governo como tinha reclamado o Partido de Renovação Social (PRS) de Kumba Ialá .

"Essa é a posição do PRS, eles é que pediram, não o PAIGC", afirmou o vice-presidente do PAIGC Manuel Saturnino Costa.

Para o número dois do partido do Governo, a hora é de os guineenses perdoarem uns aos outros, e não de recriminações.

O vice-presidente do PRS, Ibraima Sori Djalo, tinha dito esta segunda-feira que o actual chefe do Governo guineense é o foco de instabilidade no país e desafiou o Presidente da Républica a demitir Carlos Gomes Júnior.

"Nós dissemos ao senhor Presidente da República para ponderar e afastar Carlos Gomes Júnior, porque não está em condições de dirigir o governo", disse Sori Djalo no final de um encontro com o chefe do estado guineense.

"Nós reafirmamos a nossa posição enquanto partido político da oposição, afastem Carlos Gomes Júnior e ponham um outro candidato", concluiu o mesmo responsável que é o presidente em exercício do PRS, devido à ausência de Kumba Ialá.

A Guiné-Bissau voltou a passar por momentos de instabilidade, quando militares liderados pelo antigo chefe da Armada almirante José Américo Bubo Na Tchuto e pelo número dois do Estado Maior General das Forças Armadas, major-general António Indjai, detiveram o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e o CEMGFA, almirante Zamora Induta.

O primeiro-ministro foi libertado no mesmo dia, mas Zamora Induta continua detido.

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