O Presidente da república da Guiné-Bissau, Malan Bacai Sanha, em declarações ao Expresso das Ilhas, na capital Bissau-guineense, confirmou que o ex- CEMGFA, será levado a julgamento. “Ainda não tenho data mas vai ser julgado pelo Tribunal Militar. Ele é um militar, os crimes são essencialmente militares e é ali que será julgado”, garante.
Segundo o PR, o julgamento de Zamora Induta que já constituiu advogado não deverá tardar. “Estamos a criar as condições” para o julgamento. “Houve uma pequena interrupção (no processo), devido a um comportamento dos familiares que tentaram introduzir alguma coisa que os militares não gostaram”, adiantou Bacai Sanhá, acrescentando que a prisão do antigo CEMGFA já foi legalizada, encontrando-se, agora, em prisão preventiva.
Em Mansoa, correm rumores de que Zamora Induta circula aparentemente à-vontade no quartel, sempre na companhia de dois militares. Várias pessoas confirmam tê-lo visto, sempre à tardinha, a fazer footing. António Pacheco, especialista em Assuntos Africanos, encontra-se na Guiné-Bissau, ele próprio viu o almirante: ele “passeia no quartel, faz exercícios, acompanhado de dois militares. Apresenta-se com fato de treino e está gordo”, relata.
Não há mexidas na Marinha
Nomeado o novo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, na circunstância, António Indjai, nomeação que incomoda a Comunidade Internacional, a Guiné-Bissau parece entrar nos eixos, a nível militar. O PR garante estarem criadas as condições para o regresso da estabilidade política e militar.
Entretanto, correm rumores de que Djuto Ba Bubo deverá ocupar a Marinha, probabilidade que o PR afasta de todo. Para Bacai Sanhá “há um Chefe” na Marinha e como tal não se vislumbra a necessidade de uma nova nomeação. Ademais, acrescenta o PR, ninguém o abordou no sentido de substituir Estêvão Nanema. “Até hoje (entrevista feita sábado, dia 17) ninguém me submeteu uma proposta” para trocar o chefe da Marinha, diz Sanhá, avisando que “se houver necessidade, vão apresentar uma proposta e justificar o porquê”.
O antigo Chefe de Estado-Maior General das Forças Amadas da Guiné-Bissau, o almirante, José Zamora Induta, está vivo e circula, normalmente, na unidade militar de Mansoa, a 60km de Bissau. Deposto na sequência da insurreição militar de 1º de Abril, Zamora Induta que é também indiciado de vários crimes, relacionados com o narcotráfico, vai ser submetido ao julgamento, dentro dos parâmetros militares.
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