Os resultados do primeiro recenseamento biométrico dos funcionários públicos da Guiné-Bissau apontam para a existência de 4000 “funcionários fantasma”.
Segundo o ministro da Administração Pública e Modernização do Estado, Fernando Gomes, o recenseamento presencial levou à conclusão de que era fictício mais de um sexto dos 22.200 funcionários.
Gomes admitiu mesmo que o número de “fantasmas” possa subir quando estiver concluído o processo do pagamento presencial de todos os funcionários públicos, ainda por realizar em vários ministérios e departamentos do Estado guineense.
Dos 18.317 colaboradores do Estado que passaram a primeira triagem, 12.400 são civis e 3500 paramilitares. O recenseamento agora divulgado não incluiu os militares propriamente ditos, uma vez que estes já tinham sido registados em 2008 e eram 3440, alguns deles com décadas de presença nas fileiras.
Segundo o ministro da Administração Pública, 69 por cento dos funcionários do Estado são homens e os restantes mulheres, enquanto entre os paramilitares a proporção é respectivamente de 87 e 13 por cento.
Nô âmbito das Forças Armadas, já há meses se constatara um problema idêntico ao agora verificado na função pública: contabilizavam-se salários para militares que só existiam no papel. Ou seja, alguém estaria a ficar com o dinheiro teoricamente destinado a esses "soldados fantasmas".
Sem comentários:
Enviar um comentário