Luanda – O presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, afirmou que deposita confiança à presidência angolana da CPLP e condiciona qualquer intervenção na Guiné-Bissau à solicitação das autoridades democraticamente eleitas.
Pedro Pires falava à imprensa, na sua passagem por Angola, depois de ter participado na Cimeira da União Africana (EU), decorrida no Uganda.
"Não sei se o tratado que cria a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) permite uma intervenção militar desta forma", disse.
Acrescentou que "está claro que a questão da Guiné-Bissau deve ser tratada pela CPLP, CDEAO, UA e a ONU, uma rede de organizações bastante complexa. Estamos a trabalhar para uma saída para a crise com as autoridades deste país".
A Guiné-Bissau tem autoridades legítimas eleitas para negociar a saída da crise, que apesar de não ser fácil, a CPLP deve agir com pragmatismo, acreditando nas autoridades locais, agindo com cautela e nunca aprofundando a crise.
Não se deve fazer uma intervenção em qualquer país ignorando a posição das autoridades legítimas, sublinhou, adiantando ser necessário sempre discutir com o poder legalmente instituído.
Declarou que com a cimeira da CPLP e PALOP, realizadas na semana passada em Luanda, deram-se passos para a pacificação da Guiné, que preferiu não mencionar por "razões óbvias".
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