quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Passageira : Voos Bissau-Lisboa estão a demorar 14 horas

Uma passageira guineense afirmou hoje que a TAP está a garantir a ligação Bissau-Lisboa pela cidade marroquina de Casablanca e não por Dakar (Senegal), afirmando ter feito uma viagem de 14 horas, em vez das quatro previstas.

Voos Bissau-Lisboa estão a demorar 14 horas

Em declarações à agência Lusa, Cadija Monteiro relatou, à chegada a Lisboa, que a viagem de Bissau até à capital portuguesa demorou 14 horas quando devia prolongar-se por apenas quatro horas, tendo em conta "o valor total pago".

A Lusa tentou contactar a TAP sobre esta questão, mas ainda não obteve resposta.

"Estão a brincar connosco. As malas não vêm, tenho um colega que foi para lá [Bissau] há três semanas e a sua mala não foi. Agora acham que nos podem pôr a passear por África: fomos até Banjul (Gâmbia) e depois para Marrocos", criticou a passageira.

Cadija Monteiro referiu que na cidade marroquina de Casablanca esteve 12 horas à espera para seguir viagem para Lisboa.

A passageira garantiu que não lhe foi dada alternativa de escala em Dakar, a capital do Senegal, de onde a TAP anunciou que faria ligações depois de se recusar a voar para Bissau devido ao embarque forçado, em dezembro, de 74 refugidos com destino a Lisboa.

"O email que recebi da TAP de Lisboa é que posso ir de Dakar, mas no balcão em Bissau disseram que não é verdade. Impuseram como única alternativa para sair de Bissau com a TAP era via Bissau-Marrocos-Lisboa e ainda nos dão uma desagradável surpresa que foi termos de ir até à Gâmbia", afirmou à Lusa.

Segundo a mesma fonte, a viagem foi feita num aparelho da TAP entre Casablanca e Lisboa, porque a saída de Bissau foi feita "numa candonga".

No aeroporto de Lisboa, a passageira contactou com uma responsável da TAP, que a encaminhou para um número de telefone que não é atendido.

"Se a TAP tem um problema com a Guiné-Bissau e com o Governo da Guiné-Bissau que o resolva e se não quer transportar passageiros guineenses que lhes devolva o dinheiro", defendeu.

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