Bissau - O Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, disse esta quinta-feira, 23 de Janeiro, que alguns «irmãos» da área da Segurança, nomeadamente do Serviço de Informação de Estado (SIE), lançam rumores que acreditam ser verdade acabando por se tornar vítimas dessas «invenções».
«O problema de alguns irmãos neste país, na área da Segurança, é que lançam rumores e depois acreditam neles, tornando-se vítimas dos rumores que inventam», disse José Ramos-Horta.
As declarações foram feitas em conferência de imprensa no final da visita de António Patriota, Representante Permanente do Brasil nas Nações Unidas e Presidente do Grupo Encarregue da Guiné-Bissau junto da Comissão das Nações Unidas para a Consolidação da Paz.
O Representante Especial de Ban Ki-moon na Guiné-Bissau confirmou que militares e elementos da Guarda Nacional armados se deslocaram a Buba e disseram que pretendiam revistar a sede da ONU, tendo como justificação a alegada presença de Carlos Gomes Júnior, o ex-Primeiro-ministro deposto a 12 de Abril.
«Como se Carlos Gomes Júnior viesse à Guiné-Bissau, e logo a Buba. Só cabe na cabeça de quem não tem nada para fazer imaginar estas coisas», enalteceu Ramos-Horta.
O responsável máximo da ONU em Bissau disse que os homens armados foram informados de que não poderiam revistar a sede da ONU, e adiantou que o Chefe do grupo contactou o seu Comandante, que de imediato ordenou a retirada dos homens armados do local.
O ex-Presidente timorense e Nobel da Paz confirmou que os homens estavam mesmo armados e que, depois da conversa com o Chefe máximo dos militares, garantiram não voltar a praticar um ato desta natureza.
Dias depois de ter acontecido, o assunto foi considerado um «tabu» entre o próprio Gabinete de imprensa da ONU em Bissau e o Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
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