O ministro responsável pela coordenação do processo eleitoral na Guiné-Bissau, Batista Té, negou hoje a existência de duplicação de cartões de eleitor e afirmou que o processo decorre "a bom ritmo".
Em declarações à agência Lusa, Batista Té afirmou que a alegada duplicação de cartões decorre do facto de alguns eleitores terem ainda na sua posse cartões emitidos com erros.
"Um eleitor pode ter um cartão com erro e se for ao GTAPE (Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral) ou à mesa de recenseamento para ser corrigido, leva esse cartão e recebe outro. Naquele momento pode ter dois cartões", disse Batista Té.
O ministro da Administração do Território esclareceu que desses dois cartões apenas um é válido por só um poder estar registado no banco de dados do recenseamento.
"Já orientamos os nossos técnicos para recolherem a partir de agora esses cartões com erros para serem destruídos", adiantou, referindo que "não há hipótese de utilizar esses cartões em simultâneo no momento de voto".
O ministro disse que no final do recenseamento será feita a sincronização de dados de todos os computadores portáteis de recenseamento da qual resultará uma lista definitiva com a numeração dos cartões pelo que, notou, não pode haver repetição de números.
"Convido as pessoas que possam ter dúvidas, que estão a causar alarme para a situação, que passem no GTAPE e aí vão conhecer o sistema em funcionamento", disse Batista Té.
Em relação ao processo de recenseamento, Batista Té disse que está a decorrer "a um bom ritmo" uma vez que, nas suas estimativas, cerca de 50 por cento de potenciais eleitores já estão registados.
Batista Té adiantou que na próxima semana deverão ser colocados em funcionamento mais 150 novos kits (equipamentos eletrónicos do recenseamento) e desta forma aumentar o número de pessoas recenseadas.
Na semana passada a Nigéria entregou ao Governo de transição guineense 300 novos 'kits' e é com esses equipamentos que Batista Té espera "acelerar" o recenseamento.
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