quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Artigo de Opinião «Força ki ta pintcha fora»

by pasmalu

A declaração de António Indjai de “tolerância zero” ao narcotráfico é muito interessante, pois coloca duas questões. Ou o general, enquanto traficante, fica de fora dela; ou Indjai, enquanto traficante, elimina as concorrências existentes e mesmo as prováveis.

A resposta, talvez seja esta última, a acreditar no último caso conhecido relacionado com o narcotráfico, avançado pelo Bissau Digital, que se reporta ao passado sábado, “quando um grupo de homens da Guarda Nacional (GN), afectos ao Grupo de Intervenção Rápida (GIR) do Ministério do Interior, retirou à força dos agentes da PJ em serviços de Piquete no aeroporto de Bissau, um indivíduo que se suspeitava ter ingerido e estar a transportar cápsulas de cocaína para a Guiné-Bissau. As cápsulas seriam depois, conforme o ‘modus operandi’ deste grupo, retiradas do estômago ou do intestino do suspeito, sem qualquer processo criminal, pois os homens fardados da GN aproveitam o produto para outros canais de tráfico”.

O Bissau Digital acrescenta que “houve duras e escandalosas agressões no Aeroporto entre as duas forças, sendo que o grupo ‘mafioso’ da GN apoderou-se do suspeito para a habitual extracção das cápsulas ingeridas”. Acrescentou o braço direito do candidato Bá Quecuto: djumbleman na balisa de bás.

Este episódio é revelador do estado de coisas, ou melhor, do descalabro a que chegou o nosso País, em que até uma força que tanto resistiu ao tráfico de droga, vê agora os seus homens a querer obter proveitos do narcotráfico. Por aqui se percebe a advertência de Indjai: tráfico e proveitos só para ele e seus homens, os tais que mandou ao aeroporto buscar o traficante. Claro que convém não dar grande destaque a este caso, e como bem sabem, para o ofuscar, o djambacós Indjai fez surgir um outro caso.

Já que há algum tempo estão de candeias às avessas, que tal fazer sair a informação de um desvio por parte do procurador Batatinha. Já há muito que se sabe este não é flor que se cheire, mas já que está queimado, que tal queimá-lo ainda mais! Acusá-lo de desviar o valor de uma apreensão também no Aeroporto Osvaldo Vieira, de um indivíduo que transportava no estômago (não droga), mas 43 notas de 500 euros, três notas de 200 euros, oito notas de 100 euros, quatro notas de 50 euros, uma nota de 20 euros, uma nota de 10 euros e uma nota de 5 euros, totalizando 23.135 euros”.

Ao que parece, quando saiu, o dinheiro já vinha separado pelo valor das notas, cintado e carimbado. Questionado, Abdú Mané, de penico na mão, confirmou que o dinheiro vinha perfumado e que o vinha ajudar a acabar de pagar a casa que (ele) tinha comprado na Amadora, perto do Centro Comercial BABILÓNIA!

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