quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Embaixador António Patriota visita Guiné-Bissau

O Embaixador Brasileiro António Patriota, igualmente Presidente da Comissão da Consolidação da Paz na Guiné-Bissau cumpre o 2ºdia de uma visita de trabalho de 4 dias.


O objectivo da missão é identificar e reavaliar a situação da Guiné-Bissau a partir de Abril de 2012.


Esta terça-feira, o Embaixador António Patriota reuniu-se com o Presidente da República de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo.
O encontro durou pouco mais de uma hora e as questões colocadas ao Presidente de Transição foram o processo eleitoral, o isolamento internacional que o país vive desde o golpe de Abril de 2012, o fortalecimento da democracia, as perspectivas e prioridades do Presidente para esta transição.


No final do encontro, o Embaixador António Patriota não falou aos jornalistas.Mas o Representante especial do Secretário Geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos Horta explicou aos jornalistas que o Presidente Serifo Nhamadjo manifestou ao Presidente da Comissão de Consolidação da Paz na Guiné-Bissau as suas preocupações com as dificuldades políticas que o país atravessa, evocando as "dificuldades no seio de cada partido. Dificuldades no seio do PAIGC, PRS e tantos outros partidos."


José Ramos Horta disse que "não é caso de alarme, situação de dificuldades de entendimento dentro dum partido grande são normais. O importante é que os líderes se entendam".


Segundo contou o diplomata da ONU, José Ramos Horta, o Embaixador António Patriota disse que há razão para optimismo, justificando a tese de que a Guiné-Bissau "felizmente não atravessa guerras fratricidas, étnicas e religiosas como outros países".


Assegurou que é "um país com enormes potencialidades. Agora cabe à elite política sentar-se à mesa entender-se e resolver os problemas, concordar sobre uma visão, um programa para o futuro do país".


Na segunda-feira, o Representante Permanente do Brasil nas Nações Unidas, António Patriota, foi recebido pelo Ministro Guineense dos Negócios Estrangeiros, Fernando Delfim da Silva.
O chefe da diplomacia guineense explicou ao responsável pela consolidação da paz na Guiné-Bissau que "o país enfrenta um momento crítico. Há dificuldades do ponto de vista político e social e há riscos de ruptura que não quer dramatizar".


Delfim da Silva afirmou que é preciso que "o país do ponto de vista social e político se restabeleça e se normalize. Os riscos existem, cabe-nos a nós, com o apoio da Comunidade Internacional, prevenir e ultrapassar os riscos".


De acordo com agenda, o Embaixador António Patriota vai manter encontros com os Presidentes do Supremo Tribunal de Justiça, da Comissão Nacional de Eleições, Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e Sociedade Civil.

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