sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

«Sonho foi traído» diz o filho mais velho de Malam Bacai Sanhá, um ano depois da sua morte

Bissau - O filho mais velho do falecido Presidente da República guineense, Malam Bacai Sanhá, é de opinião que os ideais do seu pai foram traídos pela classe política guineense, numa clara referência ao golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.

Em declarações, no âmbito das celebrações do primeiro aniversário da morte do antigo Presidente guineense, que se assinala esta quarta-feira, 9 de Janeiro, Bacai Sanhá Júnior disse acreditar que, se o seu pai estivesse vivo, a Guiné-Bissau não estaria na presente situação de crise político-militar.


«Verdade seja dita, num dado momento a sua memória foi traída. Os guineenses, nos últimos tempos, passam noites com medo. Isto aconteceu pouco tempo depois da sua morte», referiu Bacai Sanhá Júnior.


O filho do antigo Chefe de Estado sublinhou que, com o desaparecimento físico do seu pai, a memória dos antigos combatentes que lutaram por uma causa deveria ser erguida mas não foi o caso.


O filho de Malam Bacai Sanha convidou os guineenses a tirarem ilações da vontade que o seu pai tinha, de unir os guineenses: «Que as autoridades de transição tirem conclusões como forma de se dar continuidade às suas obras, em nome dos seus colegas», referiu.


Apesar de tudo, Bacai Sanhá Júnior disse sentir orgulho do povo guineense pela simpatia, afecto e pelo reconhecimento do seu pai, pelo povo, como homem com a iniciativa de fazer unir todos em prol do desenvolvimento da Guiné-Bissau.


A cerimónia de celebrações do 1º aniversário da morte de Malam
Bacai Sanhá ficou marcada por uma palestra sobre a sua obra pela causa do desenvolvimento do país.

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