Adis Abeba - O representante da Organização das Nações Unidas (ONU) junto da Guine Bissau, José Ramos Horta, disse hoje, sábado, em Adis Abeba, acreditar que as eleições, para pôr fim a crise política naquele país deverão ocorrer até final deste ano.
Em declarações a jornalistas na capital etiope, a um dia da 20ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, Ramos Horta, disse ter informações que a situação política evoluiu positivamente, havendo um clima de diálogo, envolvente para um acordo abrangente.
«Em primeiro lugar devem ser os irmãos da Guine Bissau a decidirem se existem condições ou não para realizar eleições», declarou.
Garantiu que a ONU fará tudo para mobilizar recursos para apoiar a realização de eleições, no tempo adequado, depois de ouvidas todas as partes e desde que hajam garantias de o pleito abrir “as portas para o futuro da Guine Bissau”.
Anunciou que chegará a Bissau a 12 de Fevereiro e promete, com “muita Paciência”, iniciar contactos com as autoridades governamentais, partidos políticos, mas também trabalhando com a sociedade civil e as forças armadas para juntos encontrar o consenso nacional, para que o país ainda este ano possa sair da crise, de quase duas décadas.
Diz que será necessária muita paciência e tempo para dialogar com todos sem excepção, porque todos estão cansados e querem ver as suas vidas nos planos profissional e pessoal normalizada e com dignidade.
Apontou ainda como prioridade a reorganização e modernização das forças armadas, de acordo com a vontade dos guineenses, mas que só é possível num quadro politico constitucional, democrático, que terá o apoio da comunidade internacional.
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