domingo, 20 de janeiro de 2013

Actualização:Amílcar Cabral é homenageado

Na Guiné-Bissau

Lançados em Bissau documentário e livro sobre a vida e obra de Amilcar

Bissau, Um documentário e um livro sobre a vida e obra de Amílcar Cabral foram lançados  este domingo na Guiné-Bissau para assinalar o 40.º aniversário da morte do fundador da nacionalidade da Guiné e Cabo Verde. 

  De acordo com a agência Lusa,  o documentário é da autoria do jornalista guineense, Waldir Araújo, da RDP-África, e retrata o trabalho feito pela fotojornalista italiana Bruna Polimeni, com imagens de Amílcar Cabral antes da sua morte.  

O livro, o primeiro sobre Amílcar Cabral escrito por um guineense, é do historiador Julião Soares de Sousa, radicado em Portugal.  

Os dois documentos foram apresentados num hotel de Bissau numa sala cheia de ex-combatentes, familiares de Amílcar Cabral e dirigentes partidários, numa iniciativa do Instituto Benten, do administrador do Banco Mundial para 24 países de África, o guineense
Paulo Gomes.  

Para Paulo Gomes, falar de Amílcar Cabral "é mais que uma homenagem" ao homem, ao político e ao visionário da Guiné-Bissau e de África, é também projectar o país para o futuro.   

"Não conseguimos ainda valorizar o que Amílcar Cabral teorizou para esta Guiné, mas todo o seu ensinamento continua válido. Amílcar Cabral é um reservatório enorme de ideias e de soluções para o país", afirmou Paulo Gomes.  

"Amílcar Cabral é um tema presente porque é o fundador da nossa nacionalidade, construtor das bases onde assentamos neste momento, bases a partir das quais devemos projectar o nosso futuro", acrescentou ainda o fundador e presidente do Instituto Benten.  

Sobre a primeira iniciativa organizada pela instituição, Paulo Gomes diz ter sido um êxito por ter juntado personalidades de várias esferas para analisarem em conjunto a figura do "pai" da independência da Guiné e Cabo Verde.   

Paulo Gomes enalteceu também a presença do cineasta guineense Flora Gomes na cerimonia, um dos pontos altos do 40 aniversário da morte de Amílcar Cabral, prometendo que o Instituto Benten irá ajuda-lo, ainda este ano, a concretizar o projecto de um filme sobre a vida e obra do fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana.   

Flora Gomes conheceu Amílcar Cabral em vida e, conta, foi o líder histórico que lhe mandou estudar cinema em Cuba ainda nos anos 60. 


Em Cabo Verde

Pai das independências da Guiné e Cabo Verde

O fórum internacional para assinalar o 40º aniversário da morte de Amílcar Cabral, o “pai” das independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, a 20 de Janeiro de 1973, em Conakry (Guiné), encerra hoje na cidade da Praia.


Ao longo de três dias, conferencistas de Angola, Portugal, Canadá, Cuba, Itália e Finlândia, bem como de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, participaram em debates sobre o “pensamento e a obra” de Amílcar Cabral e questões relativas à agenda nacional e internacional relacionadas com a educação, cultura, economia e política.


O fórum, organizado pela Fundação Amílcar Cabral, sob o lema “Por Cabral Sempre”, decorre em torno de três grandes temas: “O pensamento de Amílcar Cabral na perspetiva contemporânea”; “Cabo Verde - Os caminhos do futuro, desafios e perspectivas” e “Questões do mundo global - integração e interdependências”.


Além desta iniciativa da fundação, presidida pelo ex-presidente cabo-verdiano Pedro Pires, estão igualmente previstos outros eventos destinados a assinalar em Cabo Verde o dia da morte de Amílcar Cabral e, em Setembro próximo, os 90 anos do nascimento do líder histórico do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Sem comentários:

Enviar um comentário