O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, garantiu hoje que o pagamento de salários aos funcionários públicos vai deixar de ser um problema, depois de anos com atrasos crónicos.
"Acredito que a questão dos salários não vai ser problema neste país", referiu, à margem de uma conferência de imprensa do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Bissau.
De acordo com as verbas disponíveis para o orçamento de estado, "há condições não só de pagar salários até dezembro de 2014, como também de financiar algumas despesas essenciais", sublinhou, depois de questionado pelos jornalistas.
A função pública da Guiné-Bissau tem sofrido com atrasos crónicos no pagamento de salários, agravados durante os dois anos de regime de transição que sucederam ao golpe de estado de 2012.
O governo eleito este ano, liderado pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, iniciou em julho um programa de regularização salarial e o ministro das Finanças garantiu hoje que o pagamento a tempo e horas é para manter - até porque já há dinheiro destinado para tal.
"Não temos margem para despesas de grande porte, mas temos condições para pagar aquelas que vão colocar a máquina do Estado a funcionar normalmente", referiu.
Para 2015, as reformas estruturais que estão a ser preparadas, nomeadamente na área fiscal, vão permitir que o estado pague salários "com recursos internos do país", ou seja, sem serem necessárias verbas de doadores internacionais, concluiu.
Lusa
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