Bissau – O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, advertiu aos guineenses que quando se reclama os feitos da herança de Amílcar Cabral significa responsabilidade de todos, «caso contrário não estamos a herdar o líder fundador da nossa nacionalidade».
«Se não somos capazes de combater a pobreza, se não formos capazes de nos unirmos uns aos outros e de reconciliarmo-nos no espírito dos guineenses, não estamos a herdar Cabral, podemos estar a fazer outras coisas mas não a dele», disse Domingos Simões Pereira.
Numa cerimónia em que compareceram muitos embaixadores acreditados na Guiné-Bissau, com destaque para Representante da União Africana, Ovídio Pequeno, o momento serviu para Simões Pereira lembrar que o seu Executivo já entregou à Assembleia Nacional Popular (ANP) a proposta do seu programa de Governação.
«Já é chegada a altura de o Parlamento dar a sua contribuição, aprovando o nosso programa para que possamos cumprir as nossas promessas feitas durante a campanha eleitoral», disse Simões Pereira.
Revoltado devido ao estado avançado de degradação em que se encontra a cidade natal de Amílcar Cabral, o Chefe do Governo guineense disse que a cidade de Bafatá tem o título de segunda capital, mas esta realidade está longe em termo prático, tendo anunciado que durante os próximos quatro anos da sua governação a cidade de Bafatá vai ser mesmo identificada como «segunda capital» da Guiné-Bissau: «As obras de Cabral vão sobreviver à sua morte», garantiu.
No capítulo da Saúde, Simões Pereira voltou a apelar aos guineenses sobre o surto do ébola que se regista nos países vizinhos da Guiné-Bissau, solicitando toda a energia, capacidade e competência.
A terminar o Chefe do Governo anunciou publicamente a solidariedade do povo da Guiné-Bissau para com o povo da Guiné Conacri, tendo destacado a presença do embaixador deste país na cerimónia de comemorações do 90.º aniversário do nascimento de Amílcar Cabral.
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