domingo, 14 de setembro de 2014

No dia 15 de Setembro, às 21:30, em estreia mundial, no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian, passa o documentário “O Reino Secreto dos Bijagós”, por Clara Castilho

No dia 15 de Setembro, às 21:30, em estreia mundial, no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian, passa o documentário “O Reino Secreto dos Bijagós”, com realização de Luís Correia, Noémie Mendelle e Sana Na N’Hada.

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O Arquipélago dos Bijagós situa-se na costa ocidental de África e pertence à Guiné-Bissau. Graças ao seu isolamento geográfico, os Bijagós preservaram práticas e modos de vida que só há pouco tempo tiveram contacto com o ‘mundo de fora’.
Entre os Bijagós permanece uma visão do mundo em que homens, natureza e espíritos formam um sistema colaborativo onde tudo está interligado.
A originalidade do seu património torna os Bijagós uma das sociedades mais singulares e únicas, mas o “mundo de fora” avança inexoravelmente e ameaça o frágil equilíbrio que os sustenta.
Para as políticas desenvolvimentistas, é comum a oposição entre cultura e desenvolvimento, sendo que cultura é associada às tradições e ao mundo rural, ou seja, é um obstáculo ao progresso e modernização.
O desperdício é como um crime, a solidariedade é inquestionável e a velhice respeitada e protegida. Num país que anseia a modernidade poderão os Bijagós resistir à voragem do “desenvolvimento”?! Será possível uma nova síntese entre a tradição e a modernidade?!
SANA NA N’HADA
Nasceu em Enxalé, na Guiné-Bissau. Frequentou o curso de cinema do Instituto Cubano de Artes e Indústrias Cinematográficas.
Fez formação em “Actualidades Senegalesas”, sob a direção de M. Paulin Soumanou Vieiyra. Na área cinematográfica trabalhou como técnico de som, operador de câmara, assistente de realização e realizador. Cofundador do Instituto Nacional de Cinema de Guiné-Bissau (1973), para o qual foi eleito diretor. Em 1993 realizou a longa-metragem de ficção “Xime”, selecionada no Festival de Cannes e premiada nos festivais de Montreal, Amiens, Cartago e Manosque. Em 2012 realizou a longa-metragem de ficção “Kadjike”, com antestreia apresentada na Fundação Calouste Gulbenkian, em junho 2013.
LUIS CORREIA
Frequentou a Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa e o Master of Arts in Film Directing no Edinburgh College of Art. Docente no Curso de Vídeo e Cinema Documental da Escola Superior de Abrantes e membro do conselho de administração do programa de formação europeu EURODOC. Foi fundador e diretor do “DOCLISBOA”. Em 2000 fundou a produtora LX FILMES, com a qual produziu diversos projetos entre os quais “O Estado do Mundo”, realizado por Wang Bing, Apichatpong Weerasethakul, Pedro Costa, Vicente Ferraz, Ayisha Abraham e Chantal Akerman, no âmbito da comemoração do cinquentenário da Fundação Calouste Gulbenkian (2006) e estreado na “Quinzaine des realisateurs” (Cannes, 2007); “Tão Perto / Tão Longe”, coleção de 20 curtas-metragens comissariada para o programa “Distância e Proximidade”; “Imagináfrica”, coleção de 10 documentários com cineastas dos Palop. Recentemente produziu as longas-metragens de ficção “Por Aqui Tudo Bem” e “Kadjike”.

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