O presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, recebe hoje o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, de acordo com o programa da visita de quatro dias de uma comitiva timorense ao país.
A deslocação surge no âmbito do grupo G7+, organização que reúne 18 países frágeis ou em situação pós-conflito, entre os quais Guiné-Bissau e Timor-Leste, que detém a presidência, explicou Xanana Gusmão.
O encontro de cortesia entre os dois líderes está marcado para as 12:00 (hora local, 13:00 em Lisboa) no Palácio da Presidência da República e deverá durar menos de uma hora.
Para segunda-feira de manhã está prevista uma visita de Xanana Gusmão às instalações do Estado Maior General das Forças Armadas e para o final da tarde está agendado um encontro com as chefias militares guineenses.
Para terça-feira está prevista a apresentação de conclusões da visita pelos membros das delegações dos dois países.
Na chegada a Bissau, na madrugada de sábado, Xanana Gusmão destacou a importância da troca de experiências entre os dois países lusófonos.
"Vamos ter vários encontros. Não viemos para ensinar nada. Viemos para trocar essas experiências", referiu.
Um perito timorense em processos eleitorais vai estar presente nas reuniões com as autoridades guineenses nos próximos dias.
A Guiné-Bissau está a ser dirigida por um Presidente e um Governo de transição na sequência do golpe militar de 12 de abril de 2012.
A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) determinou que o período de transição tem que terminar antes do final deste ano com a organização de eleições gerais, marcadas para 24 de novembro.
No entanto, várias figuras públicas do país e da comunidade internacional admitem que o escrutínio vai ser adiado devido ao atraso na preparação do processo eleitoral.
"Para nós, as eleições só serão boas se o recenseamento for bom e é por isso que estamos aqui", acrescentou o líder timorense.
Xanana Gusmão enalteceu ainda o papel do representante especial da ONU em território guineense, Ramos-Horta, ex-presidente e governante de Timor-Leste, na aproximação entre os dois países.
A comitiva timorense inclui Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin, na oposição em Timor-Leste.
LFO // MLL
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