Cerca de duas dezenas de funcionários da Empresa de Eletricidade e Água (EAGB) da Guiné-Bissau realizaram hoje uma vigília em frente à sede da empresa, em Bissau, para exigir o pagamento de 40 meses de salários em atraso.
De acordo com José Carlos Baptista, presidente do comité sindical da EAGB, a vigília serve para os trabalhadores demonstrarem insatisfação pela situação da empresa, que enfrenta dificuldades ao ponto de não conseguir fornecer água canalizada nem eletricidade à população.
Há três meses que os funcionários da EAGB não recebem salários referentes ao ano em curso e a empresa deve-lhes ainda 37 meses de anos anteriores, afirmou.
Além de salários em atraso, há muito que a EAGB "deixou de funcionar como deve ser", adiantou o sindicalista, referindo-se ao facto de não conseguir abastecer os clientes há mais de um mês.
"Estamos a exigir melhorias no funcionamento da empresa", observou José Carlos Baptista, sublinhando que os trabalhadores passam horas sentados sem qualquer serviço para fazer.
"Queremos trabalhar e não ficar aqui sentados sem nada para fazer. Queremos ver os grupos geradores em funcionamento", afirmou o sindicalista, anunciando uma marcha da sede da empresa até ao Palácio da República se a situação não for resolvida.
Os funcionários da EAGB aguardam por uma resposta do Governo de transição sobre o pedido de autorização para a marcha, que deverá ter lugar na próxima semana.
José Carlos Baptista avisou que, se não houver resposta, vão realizar uma nova vigília, desta vez em frente à sede do Governo.
Segundo referiu, a empresa não tem gasóleo para fazer funcionar os geradores.
Agência Lusa
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