O início do recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau deve ser definido na próxima semana, após uma reunião de trabalho entre o governo de transição e representantes da comunidade internacional, anunciou nesta quarta - feira um dos membros do executivo.
Aristides Ocante da Silva, ministro de transição com a pasta da administração pública, comunicou nesta quarta - feira, após a reunião do Conselho de Ministros, a marcação de um encontro com a comunidade internacional para "o início da próxima semana", sem especificar o dia.
Nesse encontro, deve ser marcada "a data de início" do recenseamento eleitoral e possivelmente "a calendarização de todo o processo [eleitoral] até ao fim", acrescentou.
A Guiné-Bissau está a ser dirigida por um presidente e um governo de transição na sequência de um golpe de estado militar a 12 de Abril de 2012.
A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) determinou que o período de transição devia terminar antes do final deste ano com a organização de eleições gerais, marcadas para 24 de Novembro, mas cuja preparação está atrasada.
O recenseamento eleitoral ainda não começou e a marcação de uma nova data para o escrutínio vai ser analisada numa cimeira de chefes de estado da CEDEAO a realizar antes do final do mês, anunciou já o presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo.
Hoje, Ocante da Silva referiu que estão a ser "ultimados elementos para iniciar o recenseamento", tais como o tipo de equipamento que vai ser necessário levar para o terreno para proceder ao registo manual melhorado dos eleitores.
Partidos políticos e outros representantes da sociedade guineense acordaram em produzir cartões de eleitor com identificação melhorada, incluindo fotografia e número de série, para evitar votação fraudulenta.
O ministro da administração pública referiu que está também em análise a formação dos membros envolvidos no processo.
Ramos-Horta, representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) em Bissau, disse na segunda-feira à Lusa que ainda não tem "dinheiro sobre a mesa", mas já recebeu a garantia de "quase todo o apoio necessário", da ordem dos 14,7 milhões de euros, para financiar o orçamento eleitoral.
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