Para fazer omeleta, precisa ter ovo. Para fazer risoto, é indispensável diligenciar arroz. Assim como, para fazer caldo de Chabeu, é também indispensável arrumar Chabeu.
Isso comprova a necessidade de cumprir certos pressupostos indispensáveis para alcançar um determinado resultado, ou seja, os pequenos truques que incorporam ou refletem no fetichismo de um produto, segundo Hegel. Aliás, para obter qualquer resultado final, exige um determinado esforço para tal, pois nada é por acaso.
Na Guiné-Bissau, se falam de tantas boas coisas, porém, não se fazem minimamente nada para suas materialização. Dentre os quais, a impossibilidade de haver qualquer conflito entre etnias nos nossos dias atuais, como ocorreu na Ruanda, Libéria, Sudão, Nigéria …
Observações esse que eu não dou crédito, não porque estou a favor que haja qualquer tipo de problema entre etnias, mas, é que não vejo qualquer um dos guineenses que está fazendo alguma coisa para evitar-lo.
Muitos alegam que somos atualmente muito misturados entre etnias, por isso acham que é impossível que haja qualquer conflito entre etnias. Tudo bem.
Também, eu não conheço nenhum povo no mundo tão acolhedor dos hóspedes, que nem os guineenses. Não obstante, recentemente, os populares de Bissau, foram mobilizados para saírem nas ruas do capital fazendo xenofobia contra os nigerianos, por causa das acusações de raptos das crianças, pelos cidadãos nigerianos, que culminou na morte de um cidadão da Nigéria e a invasão da embaixada desse país em Bissau.
Em nada adianta sermos muito confiantes da impossibilidade de haver qualquer conflito étnico, entretanto, precisamos de fazer alguma coisa de concreto para evitar–lo.
De tantas convulsões que a Guiné-Bissau conheceu, ninguém tem audácia de falar das causas das mesmas, não é que ninguém sabe, mas sim, é que ninguém tem interesse que saímos desse ciclo de conflitos e contragolpes.
Portanto, vamos fazer o que é necessário em prol do bem estar social do nosso povo. Vamos ganhar a consciência de que por acto de uma pessoa de uma etnia ou pais não podemos censurar todas as pessoas dessa etnia ou pais.
Vamos promover o que nos uni: a nossa querida e amada pátria, Guiné-Bissau; a nossa “guinendade”; o nosso crioulo; o nosso NGumbe; …
Viva guiné-bissau,
Viva unidade nacional,
“Un dia no kabas na sabi”.
Florianópolis, Brasil, 15 de Outubro de 2013
Nataniel Sanhá (Velho)
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