A UNICEF e o governo de transição da Guiné-Bissau lançam hoje uma campanha para prevenir doenças por deficiência de iodo, principal causa mundial de atraso mental, anunciou a organização.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o governo vão tentar sensibilizar a população para aumentar o consumo de sal iodado.
A utilização deste tipo de sal na alimentação é apontada pelas autoridades como a melhor forma de repor iodo nos regimes alimentares em que haja baixa ingestão daquele micronutriente.
De acordo com o Inquérito aos Indicadores Múltiplos da população realizado pelo governo em 2010, apenas 12 por cento dos agregados familiares da Guiné-Bissau consome sal iodado.
A campanha que hoje arranca vai decorrer até final de novembro em jornais, rádios e salas de exibição de vídeo espalhadas pelo país.
Peças de teatro radiofónico, publicidade e programas sobre o assunto vão passar a mensagem em cinco rádios nacionais e 18 emissoras comunitárias associadas às campanhas promovidas pelo UNICEF e que as reproduzem nos dialetos locais.
Está também prevista a realização de reuniões em diferentes comunidades e em que serão prestadas informações sobre o assunto a todos os responsáveis locais.
De acordo com o último Inquérito aos Indicadores Múltiplos da população da Guiné-Bissau, promovido em 2010 pela UNICEF e governo guineense, as doenças por deficiência de iodo "fazem os seus maiores estragos no crescimento e no desenvolvimento mental".
Contribuem para "o fraco desempenho escolar", para a "redução da capacidade intelectual" e prejudicam "o desempenho no trabalho".
Agência Lusa
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