O Presidente de transição da Guiné-Bissau admite que uma nova data para as eleições gerais no país deverá ser definida durante a cimeira de chefes de estado da Comunidade Económica de Estado da África Ocidental (CEDEAO), a realizar este mês.
O Presidente de transição da Guiné-Bissau falava a noite passada aos jornalistas no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, antes de partir numa viagem de peregrinação islâmica a Meca, Arábia Saudita, refere um comunicado da presidência.
As eleições gerais estão marcadas para 24 de novembro, mas ainda nem o recenseamento eleitoral arrancou.
Serifo Nhamadjo refere que só tomará uma decisão sobre uma nova data depois da "cimeira extraordinária da CEDEAO que decorrerá antes do final deste mês em Dacar, Senegal".
"Medidas deste género não são tomadas unilateralmente, são concertadas com todos os parceiros", referiu, sublinhando que na cimeira haverá "oportunidade de conversar com os pares da CEDEAO e propor à classe política guineense" uma análise ao processo eleitoral.
Para além dos atrasos em todo o processo, a Guiné-Bissau não tem dinheiro para realizar o recenseamento e as eleições.
Ramos-Horta, representante especial da ONU no país, disse na segunda-feira à Lusa que ainda não tem "dinheiro sobre a mesa", apesar de já ter recebido a garantia de "quase todo o apoio necessário", da ordem dos 14,7 milhões de euros.
A Guiné-Bissau está a ser dirigida por um Presidente e um Governo de transição na sequência do golpe de estado militar de 12 de abril de 2012.
A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) determinou que o período de transição devia terminar antes do final deste ano com a organização de eleições gerais, marcadas para 24 de novembro - daqui a pouco mais de 40 dias.
Agência Lusa
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