Bissau - O Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, não aconselha as autoridades de transição a prosseguirem com eventuais reacções contrárias à acusação contra o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas pelos EUA, António Indjai, por alegado tráfico de droga.
«Devo dizer e encorajar os guineenses, o Governo e as Forças Armadas a manterem total calma e seriedade, não pressionem, pelo contrário, seria contraproducente nesta situação reagir com grande emoção», aconselhou Ramos-Horta.
Em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, 19 de Abril, José Ramos-Horta disse que, na acusação contra António Indjai, deve prevalecer o princípio de inocência até prova em contrário, explicando que a OUN não intervém neste processo pois trata-se de um acto unilateral dos EUA.
O ex-Presidente de Timor-Leste informou que este é um processo que vai levar muito tempo. Em relação ao processo de transição em curso no país, Ramos-Horta voltou a falar da determinação da comunidade internacional na realização das eleições gerais até ao final do ano.
No que diz respeito ao Presidente de transição, o Nobel da Paz disse ter havido algumas falhas por parte da Presidência da República, que pouco tem informado a opinião pública guineense sobre o estado de saúde de Manuel Serifo Nhamadjo.
José Ramos-Horta informou ainda que o eventual levantamento de sanções por parte da União Africana à Guiné-Bissau passa pela formação do Governo de inclusão.
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