Depois de mais de um mês ausente do país, o Presidente interino Serifo Nhamadjo, regressou este domingo à Guiné Bissau, após tratamento médico na Alemanha.
"Nunca e em circunstância nenhuma, fui interrogado por agentes da justiça americana", foi assim que o Presidente interino da Guiné Bissau, Serifo Nhamadjo, respondeu aos jornalistas presentes no aeroporto de Bissau, que queriam saber se ele tinha sido abordado na Alemanha pela polícia americana, após notícias surgidas na imprensa mundial de que ele estaria envolvido em tráfico de drogas, como Bubo Na Tchuto, preso por agentes da DEA, a agência americana de combate à droga e que está a ser julgado por um Tribunal de Nova Iorque.
Serifo Nhamadjo, esteve ausente do país mais de um mês, em tratamento médico na Alemanha, com passagem pela Nigéria, como O Presidente da transição, Serifo Nhamadjo, garantiu que as eleições gerais do país serão ainda este ano.
"Este ano haverá eleições", disse o Presidente respondendo a perguntas dos jornalistas no aeroporto de Bissau.
A comunidade internacional tem sido unânime em exigir a formação de um governo inclusivo e a divulgação de uma agenda de transição, que contemple a realização de eleições ainda este ano. Alguns políticos e as chefias militares têm defendido eleições só em 2014.
"Antes de a comunidade internacional exigir nós já tínhamos dito que a inclusão será apanágio da nossa orientação, haverá um governo de inclusão no qual todas as forças poderão contribuir", garantiu Serifo Nhamadjo.
O Presidente não fixou uma data mas disse que o novo governo está para "breve". "Deem-me tempo para beber um copo de água, reunir-me com todos os responsáveis, com todas as forças vivas, para depois me pronunciar", disse, acrescentando acreditar que se os guineenses conseguirem consenso a "comunidade internacional será chamada a participar", apoiando a realização das eleições.
Serifo Nhamadjo partiu a 20 de Março para a Nigéria, numa viagem programada para ser rápida e destinada a consultas com o seu
homólogo Goodluck Jonathan.
Na altura da partida disse que já havia consenso quanto à agenda do período de transição.
A ausência de Serifo Nhamadjo acabaria por se prolongar por 40 dias, tendo viajado da Nigéria para a Alemanha para fazer tratamento médico. Na Alemanha, disse hoje, esteve sempre entre o hotel e o hospital. Regressou a Abuja (Nigéria) na passada sexta-feira, "para agradecer ao Presidente Jonathan", e hoje voltou a Bissau.
A prolongada ausência, e a falta de informações detalhadas sobre a sua saúde, levaram a muitas especulações em Bissau que hoje
Nhamadjo classificou de saídas "da cabeça dos imaginários" e de "visionários que pensam em coisas e as traduzem numa realidade".
Para Serifo Nhamadjo tais especulações são normais, porque há sempre quem "deseja e pense mal" de qualquer Presidente, mesmo
os "mais democraticamente eleitos", e por isso inventa situações.
Serifo Nhamadjo, visivelmente debilitado, afirmou-se feliz por estar de regresso e agradeceu todas as manifestações de solidariedade que foi recebendo nos últimos 40 dias, acrescentando que perdoa aos que nesse tempo lhe desejaram mal.
"Já estou pronto para dar a minha contribuição", disse Serifo, que chegou a Bissau a bordo de um avião da Força Aérea da Nigéria.
Quanto à prisão do antigo chefe da marinha Bubo Na Tchuto, pelos Estados Unidos, que também acusaram o actual chefe das Forças
Armadas, António Indjai, de envolvimento em tráfico de droga e de armas, Serifo Nhamadjo não fez comentários.
"Estive em tratamento, vou reunir-me com os responsáveis para ter mais detalhes e a partir daí fazer o meu juízo", justificou.
A Guiné-Bissau vive um período de transição desde o ano passado, na sequência de um golpe de Estado a 12 de Abril. O período de
transição deveria terminar em Maio mas foi prolongado até ao final do ano.
Mais uma vez se pode reclamar a injustiça Americana.O serifo Nhamadjo devia ter seguido o mesmo destino com o Bubu.
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