O Governo de transição da Guiné-Bissau solicitou hoje ao Ministério Público que detenha os autores de boatos sobre instabilidade no país e pediu às companhias aéreas e marítimas para que ignorem rumores e mantenham as suas ligações.
Fernando Vaz, ministro da Presidência e porta-voz do Governo de transição, foi esta noite à televisão pública negar que haja qualquer tentativa de golpe de Estado.
Os rumores sobre instabilidade na Guiné-Bissau levaram já a companhia aérea de Cabo Verde, TACV, a cancelar um voo para Bissau.
Num comunicado lido na televisão, o ministro disse que quer as autoridades quer a comunidade internacional e os estados da sub-região "foram surpreendidos com a disseminação de desinformação sobre um pretenso golpe de Estado, que teria originado a alegada prisão do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, a invasão dos centros nevrálgicos do poder por militares, e a suposta retenção do Presidente da República no exterior, entre outros rumores e boatos".
O Governo "declara e esclarece que tais rumores não correspondem à verdade" e visam o descrédito do país e o seu isolamento, "com a manutenção do imposto embargo económico proposto pela União Europeia e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa", para "provocar o almejado envio de uma força multinacional de invasão militar", disse Fernando Vaz.
Afirmando que todos os órgãos de soberania estão em pleno exercício de funções, o Governo pede ao Ministério Público para que, em colaboração com a Polícia Judiciária e os serviços de informação do Estado, localize, identifique e detenha "os autores do delito para que sejam conduzidos à barra da justiça e julgados".
O Governo exorta as Forças Armadas "à observância de alerta máxima para defesa da soberania do Estado e da sua integridade territorial, paz, paz civil e tranquilidade social, custe o que custar e contra quem quer que seja", disse Fernando Vaz.
Lusa 04 Abr, 2013, 23:58
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