Bissau – O Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, manteve um encontro com o embaixador de França em Bissau, Pierre Voillery, esta terça-feira, 19 de Novembro, onde elogiou o «pragmatismo» de Paris no acompanhamento do processo de transição guineense.
«Na verdade reconheço que, desde a minha chegada à Guiné-Bissau, França tem demonstrado muita sensibilidade - dada a longa experiência no continente - com realismo, pragmatismo, sem abandonar princípios e sabendo como fazer avançar processos complicados», declarou o Representante Especial da ONU, à saída do encontro.
«A França goza, portanto, de muito respeito entre todos os actores políticos e até entre os militares na Guiné-Bissau. A sua postura é muito firme no que toca ao Estado de Direito e aos Direitos Humanos», acrescentou Ramos-Horta.
O ex-Presidente timorense concluiu que «França é apreciada por não se esconder atrás de princípios e evitar o diálogo», daí ser «sempre um grato prazer» a conversa com os «amigos diplomatas, no quadro do excelente diálogo com o Quai d´Orsay» (Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
O diplomata francês sublinhou que «José Ramos-Horta, enquanto Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, desempenha um papel muito importante para que o país possa sair da crise».
«Estamos razoavelmente optimistas sobre a data prevista para a realização das eleições. Pensa-se que estão reunidas todas as condições, desde as constitucionais, às orçamentais», indicou Pierre Voillery, sublinhando que «a enorme contribuição de Timor-Leste tem sido decisiva para o processo eleitoral».
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