O Procurador-Geral da República (PGR) da Guiné-Bissau, Adbu Mané, classifica como "muito grave" o estado de saúde do ministro de Estado Orlando Viegas, espancado por desconhecidos na sua residência na noite de terça-feira.
"Isto é muito grave", afirmou Mané, em declarações aos jornalistas à saída da sede das Nações Unidas, em Bissau, onde se encontra refugiado Orlando Viegas.
"Vou ter que falar com o senhor Presidente da República de transição como o mais alto magistrado da Nação e comandante em chefe das Forças Armadas. Em nome dos direitos humanos, é inadmissível, inaceitável e intolerável", afirmou Abdu Mané.
Visivelmente emocionado, o PGR afirmou que vai mandar abrir um inquérito para que se saiba quem são os mandantes e os autores do espancamento ao ministro que no governo de transição tutela a pasta dos Transportes e Comunicações.
"Enquanto Procurador-Geral da República estou muito, muito preocupado com o estado de saúde do ministro de Estado da Guiné-Bissau na situação em que o encontrei", disse Mané.
Questionado sobre quem serão os autores do ato, o PGR respondeu que isso só será descoberto com o inquérito rápido que vai mandar instaurar.
Abdu Mané também se escusou a comentar informações clínicas que indicam que Orlando Viegas vai ser evacuado devido à gravidade do seu estado de saúde.
"Não quero falar sobre isso, mas a situação é muito grave, muito grave", observou o Procurador guineense, dizendo-se triste.
"Em nome dos direitos humanos não podemos aceitar isso. Estou triste. Nós queremos apenas servir a República, como guineenses. Não queremos outra coisa", enfatizou Abdu Mané.
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